Diariamente, ocorrem pelo menos oito casos de furtos, roubos e importunação sexual no transporte público em Minas Gerais. De janeiro a março deste ano, foram registrados 715 crimes desse tipo, sendo mais da metade (408) na cidade de Belo Horizonte, que possui a maior frota e o maior número de usuários de ônibus e metrô no estado. Os principais alvos dos criminosos são homens e mulheres de 18 a 24 anos.
Os homens são os mais frequentemente alvos de ladrões, enquanto as mulheres na mesma faixa etária são as mais vulneráveis à importunação sexual dentro dos coletivos. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Justiça (Sejusp), que também aponta uma redução nos crimes em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Recentemente, foi lançada a campanha “Emergência MG no Transporte Público”, com o objetivo de conscientizar a população sobre como acionar as forças de segurança em caso de crimes no transporte coletivo. Além do número de emergência 190 e da ida às unidades policiais, as pessoas podem pedir ajuda através do site do programa, do aplicativo MG App e do Telegram. Cartazes da campanha serão colocados dentro dos ônibus, estações e terminais do transporte público.
“É fundamental registrar qualquer tipo de crime para a ação da Polícia Militar, mesmo que não sejam crimes consumados”, afirma o capitão. Ele destaca a importância da informação para o trabalho de patrulhamento e ressalta que a corporação está empenhada em reduzir esses crimes por meio de campanhas preventivas e monitoramento.
A Guarda Municipal de Belo Horizonte informou que os motoristas do transporte coletivo podem acionar o botão do pânico em casos de emergência, para que a Polícia Militar ou o Corpo de Bombeiros Militar possam responder imediatamente. Para situações de importunação sexual, os motoristas podem acionar o botão do assédio, e a viatura mais próxima será enviada para o local, seja da Guarda Municipal ou da Polícia Militar.