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Suspeito de matar o sargento Dias se mutila na prisão e é socorrido na Grande BH


O suspeito do homicídio do sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, de 29 anos, durante uma perseguição em Belo Horizonte, em janeiro, precisou de atendimento de emergência no Complexo Penitenciário Nelson Hungria na última terça-feira (30 de abril). O homem, de 26 anos, utilizou uma lâmina de barbear para infligir cortes nos braços e pernas. Desde sua detenção, ele afirma ser vítima de abusos dentro da cela, o que resultou em sua transferência para outra unidade prisional no início de março.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou a situação nesta quarta-feira (1º de maio), informando que o suspeito foi “imediatamente atendido pela equipe médica da prisão e posteriormente encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região”. O detento precisou passar por uma cirurgia para receber pontos e tratar das feridas.

A Sejusp assegurou que o estado de saúde do detento está estável, sem risco de complicações, e que ele está sendo monitorado pela enfermaria do Complexo Penitenciário Nelson Hungria. Sobre as alegações de abusos, o órgão afirmou que está investigando as circunstâncias dentro da cela. “Será aberto um procedimento de investigação interna pela direção da unidade prisional para apurar administrativamente o ocorrido”, declarou.

A suspeita de retaliação dentro da cela feita pelo acusado do assassinato do militar é acompanhada pelo sistema judicial desde pelo menos 8 de março, quando foi autorizado um exame de corpo de delito. A defesa do suspeito argumenta que seu cliente foi alvo de abusos na prisão por parte dos agentes penitenciários, o que justificou sua transferência para outra penitenciária. Segundo o advogado, policiais militares teriam entrado no presídio onde o suspeito estava detido e perpetrado agressões durante a madrugada.

Após as alegações da defesa, o juiz do Tribunal do Júri autorizou a transferência do detento para o Complexo Penitenciário Nelson Hungria. No entanto, segundo o advogado, o suspeito continua a sofrer abusos por parte dos agentes penitenciários. Enquanto os fatos são investigados, a Justiça recomendou que câmeras sejam instaladas em frente à cela do detento e que novos exames de corpo de delito sejam realizados.

Relembrando o caso, o sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, de 29 anos, foi baleado durante uma perseguição a dois suspeitos, na noite de uma sexta-feira (5 de janeiro), no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte de Belo Horizonte. Ele foi atingido por três disparos, um deles na cabeça, como mostram as imagens das câmeras de segurança. O militar veio a óbito dias depois.

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