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‘Racistas não são bem-vindos’: Atleticanos condenam gestos feitos por torcedores do San Lorenzo

Torcedores do Atlético condenaram os atos racistas cometidos por torcedores argentinos durante o primeiro confronto das oitavas de final da Copa Libertadores, realizado na última semana em Buenos Aires. Antes do segundo jogo, que acontece nesta terça-feira (20 de agosto) na Arena MRV, faixas foram colocadas e mensagens contra o racismo foram escritas nas ruas que dão acesso ao estádio. O confronto entre Atlético e San Lorenzo, que decidirá quem avançará na competição, está marcado para as 21h30 (horário de Brasília).

“Nosso objetivo é constranger o público racista, que infelizmente tem se tornado cada vez mais comum no futebol, especialmente entre os argentinos. Os últimos casos não são isolados”, declarou um membro da torcida organizada atleticana Resistência Alvinegra, que preferiu não se identificar. As faixas e pinturas foram feitas na noite de segunda-feira (19) por membros da organizada. “É também uma forma de avisar que o racismo não será tolerado e que estamos atentos a essa situação”, acrescentou.

No primeiro jogo, disputado no estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, que terminou em 1 a 1, torcedores do San Lorenzo foram flagrados imitando macacos em direção à torcida do Atlético. Os gestos racistas foram registrados em vídeos por Gledson Chaves, que trabalha com o atacante Hulk, ausente na partida.

O Atlético repudiou o incidente e cobrou uma ação da Conmebol, entidade responsável pela Libertadores. “Mais uma vez, em uma partida da Copa Conmebol Libertadores, somos confrontados com esse tipo de comportamento cruel e desumano. Enquanto não houver punições severas, continuaremos a lidar com essa situação”, afirmou o clube.

O membro da Resistência Alvinegra compartilha da mesma opinião. Ele destacou que torcedores de outros clubes brasileiros também têm sido vítimas de racismo em partidas contra equipes argentinas. “A Conmebol nos impõe várias restrições, como a obrigatoriedade de colocar materiais doze horas antes da partida e a proibição de levar bandeiras e sinalizadores, dificultando nossa festa. Mas, nos casos de racismo, a história é sempre a mesma: nota de repúdio e audiências que, na maioria das vezes, não resultam em punições. É a impunidade”, concluiu o torcedor.

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