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Presidente da Câmara de Itabira e Apasita discutem acessibilidade para os surdos no serviço público

A surdez no Brasil ainda é um grande desafio. E em Itabira não é diferente. A fim de mudar esse cenário no município, o presidente da Câmara Municipal de Itabira, Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB), esteve reunido na semana passada com a diretoria da Associação dos Pais e Amigos dos Surdos de Itabira (Apasita). Em pauta, políticas públicas que possam ser implantadas na cidade e que possibilitem maior inserção do surdo, reféns do silêncio em meio à falta de acessibilidade, na sociedade.

Para minimizar essa barreira, em abril de 2017 a Câmara de Vereadores de Itabira aprovou o projeto de lei 19/2017, que institui a Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas seções públicas do município. A matéria chegou a ser sancionada. No entanto, não saiu do papel.

Pensando em mudar esse cenário, Weverton Vetão propôs à Enilza Soares Gregório e Luiza Tomazia (presidente e vice da Apasita, respectivamente) a realização de uma capacitação para os servidores do Legislativo. A ideia é que o treinamento também possa ser aberto à população que tiver interesse, mediante a disponibilização de vagas limitadas.

“Queremos dar autonomia aos deficientes auditivos que muitas vezes precisam ir acompanhados em muitos locais para conseguir comunicar e ter a prestação de serviços prestados. A qualificação dos servidores é uma iniciativa simples, mas capaz de fazer uma grande diferença. Ir a um lugar que tenha pessoas capacitadas a usar a Libras significa muito para os surdos”, comentou Weverton Vetão.

Acessibilidade

O presidente do Legislativo buscará ainda diálogo com o Executivo para que uma capacitação também seja oferecida a todos os servidores municipais. Além disso, discutirá com o prefeito Marco Antônio Lage (PSB) a contratação de uma empresa que desenvolva um aplicativo para facilitar a comunicação entre os deficientes auditivos e os servidores. A ideia é que o app seja utilizado, obrigatoriamente, em todos os setores públicos com atendimento ao público.

Em breve, as reuniões ordinárias devem contar com um intérprete de libras. A implantação de um tradutor nas sessões foi discutida ainda em 2017, quando aprovado o projeto de resolução nº 10/2017, da Mesa Diretora e demais vereadores que, “dispõe sobre a implantação de um tradutor intérprete de libras, nas Reuniões Ordinárias da Câmara Municipal de Itabira, e dá outras providências.” O serviço ainda será licitado.

Segunda linguagem oficial

Neste ano, a lei nº 10.436 que tornou a Língua Brasileira de Sinais a segunda linguagem oficial do país completa 20 anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), 5% da população brasileira é composta por pessoas que são surdas, ou seja, esta porcentagem corresponde a mais de 10 milhões de cidadãos, dos quais 2,7 milhões possuem surdez profunda, portanto, não escutam absolutamente nada.

A Libras é muito utilizada na comunicação com pessoas surdas, sendo, portanto, uma importante ferramenta de inclusão social. Desde 2005, a Libras é obrigatória para o curso de licenciatura, pedagogia e fonoaudiologia.

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