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Polícia Civil de MG desvenda dois homicídios ligados ao tráfico e prende líder de organização criminosa
Em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu as investigações relacionadas a dois homicídios e sequestros, vinculados ao tráfico de drogas, ocorridos no mês de novembro do último ano. As vítimas – uma mulher, de 25 anos, morta em Betim; e um homem, de 24, em Belo Horizonte – foram alvos de um crime planejado por um grupo criminoso, que agiu de maneira violenta e dissimulada, conforme revelaram as apurações.
A investigação, a cargo da Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) Betim, resultou na prisão de dois homens, de 23 e 36 anos, entre os meses de maio e junho deste ano, e na apreensão de um adolescente, de 17, em março, todas em Betim.
Conforme detalha o delegado responsável, Otávio Luiz de Carvalho, no dia 3 de novembro do ano passado, após a morte do homem na capital mineira, um inquérito policial foi aberto. “Na ocasião, a vítima foi atingida por disparos de arma de fogo calibre 9mm. Já a mulher de Betim ainda não foi encontrada, sendo seu corpo ocultado pelos suspeitos”, adiantou.
“O crime foi elaborado por uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas, cujo líder, o homem de 36 anos, foi preso em junho deste ano. Outros membros do grupo, entre eles um homem de 30 anos e uma mulher de 25, estão foragidos”, completou o Carvalho.
Sequestro e emboscada
As investigações revelaram que a mulher foragida, mãe de um dos filhos do mandante dos crimes, o homem de 36 anos, teria se aproximado da vítima de 25 anos até que fosse sequestrada. Na noite do dia 2 de novembro de 2023, a mulher foi retirada de um barzinho pelos suspeitos e levada para um carro. Ela foi executada por volta das 20 horas.
No dia seguinte, o homem de 24 anos foi convidado para uma suposta confraternização em um sítio em Betim, por meio do celular da amiga, já sob poder do grupo criminoso. A vítima repassou o endereço e aguardou na porta do condomínio onde morava, no bairro Glória, em Belo Horizonte.
“Quando ele chegou ao local, permaneceu na porta do condomínio aguardando a chegada da mulher, mas, na realidade, quem estava enviando as mensagens era o grupo criminoso”, revelou o delegado. “Assim, três pessoas atiraram contra ele, enquanto um quarto suspeito permaneceu no veículo para dar fuga, conforme imagens de segurança que analisamos”, completa.
Carvalho ainda ressalta que a mulher investigada ficou responsável por cuidar de dois filhos da vítima de 25 anos, crianças de 2 e 3 anos, até passá-los para o pai delas, o qual as entregou ao sogro.
Indiciamento
Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de sequestro, homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa armada, com penas que podem chegar a mais de 30 anos.
Os dois inquéritos policiais foram concluídos e encaminhados ao Poder Judiciário.
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