Itabira Mais
Portal Mineiro de Notícias

PF tenta prender presidente de partido acusado de desviar R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral

Na manhã desta quarta-feira (12), a Polícia Federal deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa acusada de desviar e se apropriar de recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022, destinados a um partido político.

Os investigados enfrentam acusações de lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos para financiamento eleitoral. Sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Distrito Federal, Goiás e São Paulo. A Justiça Eleitoral do DF também ordenou o bloqueio de R$ 36 milhões e o sequestro de 33 imóveis.

Compra de Helicóptero com Dinheiro Desviado

Entre os principais alvos está Eurípedes Júnior, que, segundo as investigações, comprou um helicóptero com recursos desviados do fundo eleitoral. A aeronave, adquirida em 2015 por R$ 2,4 milhões (equivalente a R$ 5 milhões atualmente), era usada para deslocamentos entre Planaltina de Goiás e Brasília. O helicóptero Robinson R66 Turbine, assim como outros bens, foi adquirido irregularmente durante a gestão de Eurípedes Júnior no partido. Ele também desviou maquinários para obras particulares.

Além de Eurípedes, quatro ex-candidatos a deputados distritais pelo Pros em Brasília são alvos da operação. A PF afirma que eram candidaturas “laranja” criadas para desviar dinheiro do fundo eleitoral. Em uma das candidaturas, houve um repasse de R$ 2 milhões e em outra, R$ 1,5 milhão.

Esquema Criminoso Estruturado

A PF descobriu, por meio de Relatórios de Inteligência Financeira e análise de prestações de contas, indícios de uma organização criminosa estruturada com o objetivo de desviar recursos do Fundo Partidário e Eleitoral. O esquema utilizava candidaturas laranjas, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos destinados à Fundação de Ordem Social (FOS), ligada ao partido.

Uso de Verba Pública para Benefício Pessoal

Fundado em 2013, o Pros teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2017, sendo condenado a devolver R$ 2,4 milhões aos cofres públicos. Investigações revelaram que Eurípedes Júnior utilizou dinheiro público para compra de bens de alto valor, reformas em sua residência e construção de uma piscina. Compras de utensílios de cozinha e insumos típicos de um restaurante profissional também foram feitas com verba pública, parte delas destinadas ao restaurante Biroska do Churrasco, de propriedade de uma ex-companheira do dirigente partidário.

Receba atualizações em tempo real diretamente no seu dispositivo, assine agora.

Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais informação