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PF apreende mais de R$ 1 milhão em espécie perto do dia da votação
A Polícia Federal (PF) apreendeu mais de R$ 1 milhão em espécie durante duas operações em Fortaleza (CE), na quinta-feira (26). Em uma das ações, R$ 437 mil foram encontrados no centro da capital, enquanto outros R$ 600 mil foram recolhidos no bairro Papicu. Há suspeitas de que os valores estejam ligados a lavagem de dinheiro e crimes eleitorais, como compra de votos, já que as eleições municipais estão próximas.
Os envolvidos foram levados à Superintendência da PF para prestar depoimento. As operações foram iniciadas após denúncias de transporte irregular de grandes somas de dinheiro. Os policiais seguiram os veículos suspeitos e, durante as abordagens, descobriram as quantias sem justificativa aparente. Dois inquéritos foram instaurados para investigar a origem e o destino do dinheiro. Caso os suspeitos sejam indiciados e condenados por lavagem de dinheiro, podem pegar até 10 anos de prisão.
Em outra operação, a PF desmantelou um esquema de compra de votos em Boa Vista (RR), onde tratamentos odontológicos eram oferecidos em troca de votos. Batizada de “Sorriso Corrompido”, a operação identificou que candidatos, em parceria com uma associação beneficente, ofereciam procedimentos odontológicos gratuitos aos eleitores, condicionando o tratamento ao voto nos políticos envolvidos.
Além disso, a PF apreendeu R$ 207 mil em espécie em outra ação em Roraima, totalizando R$ 3,2 milhões apreendidos em operações de combate a crimes eleitorais no estado em menos de um mês.
Ainda na quinta-feira, a PF realizou operações em outros estados para combater a coação de eleitores por grupos criminosos. Na Paraíba, a “Operação Coactum” investigou o uso de força para obrigar eleitores a votarem em determinados candidatos, incluindo o vice-prefeito de São Bento, Rafael Silva Cavalcante, o “Rafinha Banana”, que teria envolvimento com compra de votos e lavagem de dinheiro por meio de rifas e casas de apostas.
No Acre, a “Operação Sufrágio” foi deflagrada para investigar uma quadrilha que tentava impedir eleitores de votarem em um candidato específico em Feijó (AC). Mandados de prisão e busca foram cumpridos, e os envolvidos podem responder por organização criminosa e uso de violência com fins eleitorais.
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