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PCMG prende suspeito de ‘tráfico gourmet’
A partir de serviço de inteligência e monitoramento, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) efetuou a prisão em flagrante, de um homem, de 28 anos, pelo crime de tráfico de drogas, ontem (19/2), na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O suspeito foi surpreendido após receber uma encomenda via Correios, em casa, no bairro Cidade Jardim. Com ele, além do pacote contendo skank, os policiais apreenderam mais de 140 pontos de LSD e ecstasy.
O trabalho investigativo é realizado pelo Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), resultado de trocas de informações com o setor de Inteligência dos Correios. De acordo com o chefe de divisão do Denarc, delegado Rodolfo Tadeu Machado, a modalidade de distribuição das drogas seria uma espécie de “tráfico gourmet”, na zona Sul, com recebimento dos entorpecentes via serviço de entrega, diferentemente de “biqueiras”.
À frente das investigações, o titular da 5ª Delegacia Especializada, delegado Davi Moraes, explica que o trabalho é desdobramento de uma operação realizada recentemente pelo Denarc, com apoio da Coordenação de Operações com Cães da PCMG, no centro de distribuição dos Correios na capital. “Desde então, vínhamos monitorando. Ontem, percebemos que havia essa entrega e montamos a ação policial para verificação das informações”, conta.
Dinâmica
Moraes informa que, no momento da abordagem, o suspeito tentou resistir e se desfazer da encomenda de skank, lançando-a para o alto, mas foi capturado. “Na casa dele, havia mais quantidades, de outras variedades. Em uma tentativa desesperada, ele gritou, e a namorada dele, assustada, jogou drogas pelo vaso, algumas foram descartadas e outras retornaram. Na caixa de esgoto também havia entorpecentes”, descreve.
Segundo o delegado, a mulher, de 38 anos, foi testemunha e, na delegacia, informou que o suspeito, por meio de seus contatos em aplicativos de comunicação, realizava a venda de substâncias para conhecidos e pessoas de seu relacionamento. Quanto à distribuição aos consumidores finais, no bairro Cidade Nova e redondezas, Moraes completa que era feita a pé pelo investigado e alguns buscavam na casa dele.
“Ele tentou manter uma rede de clientela que conhecia, acreditando estar mais seguro assim, mas as informações constam que ele já tinha realizado contato com mais de 400 pessoas”, acrescenta o delegado, informando que o suspeito até então não havia sido descoberto. “[Aos policiais] ele tentou o tempo todo se passar por usuário. Depois acabou falando que só queria fazer o rateio entre amigos, mas isso por si só seria o tráfico”, conclui.
As investigações prosseguem para identificação do fornecedor das drogas, bem como de usuários.
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