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PCMG prende suspeito de torturar e humilhar homem negro

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu preventivamente, nessa quinta-feira (21/11), um indivíduo, de 44 anos, suspeito de açoitar um homem negro, de 45, portador de sofrimento mental, na cidade de Itaúna, região Centro-Oeste do estado. O investigado, que já possui antecedentes por furto e violência doméstica, poderá responder pelos crimes de tortura e racismo.

O caso ganhou ampla repercussão nas redes sociais após a divulgação de um vídeo, no Dia da Consciência Negra, celebrado na última quarta-feira (20/11). Na gravação, feita por uma pessoa que estava no local, o suspeito aparece oferecendo R$ 10 ao homem em situação de rua para agredi-lo. Em seguida, ele atinge a vítima com um cinto por três vezes.

Investigações

Assim que tomou conhecimento dos fatos, a Polícia Civil iniciou as investigações, identificando a vítima, o suspeito e o responsável pela filmagem. Após ser localizado pela Polícia Militar, o investigado foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil.

“Desde as primeiras horas do dia, trabalhamos nesse caso para identificar os envolvidos. Fizemos o levantamento do suspeito e, após ele ser identificado, foi feita a representação no Poder Judiciário. Solicitamos o mandado de prisão preventiva, que foi emitido e cumprido”, contou o delegado Leonardo Pio.

Alegações

Durante declarações, o suspeito alegou que o vídeo foi gravado há 15 dias. Ele disse que estava sob o efeito de drogas e que tudo teria acontecido com o consentimento da vítima, em uma “brincadeira”.

O homem que gravou o vídeo, de 32 anos, também foi intimado a prestar esclarecimentos. Ele afirmou não conhecer os envolvidos e que teria registrado a cena a pedido do suspeito, para fins de postagem nas redes sociais.

Consequências e responsabilização

O homem de 44 anos foi encaminhado ao sistema prisional e permanece à disposição da Justiça. Tanto ele quanto o responsável pela filmagem estão sendo investigados pelos crimes de racismo e tortura.

Comoção social

O delegado Flávio Tadeu Destro, chefe do 7º Departamento de Polícia Civil, destacou o impacto do caso e a necessidade de punição. “Essa gravação revela uma maldade muito grande por parte do suspeito. Houve ali uma violência física e psíquica gratuita contra uma pessoa em situação de extrema vulnerabilidade. Com a investigação, vamos buscar a responsabilização devida dos envolvidos”.

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