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Pablo Marçal admite que já foi preso pela PF; condenado, não cumpriu pena porque caso prescreveu

Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB e influenciador digital, já enfrentou sérios problemas com a Justiça. Ele foi preso pela Polícia Federal e condenado pela Justiça Federal de Goiás a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado, acusado de integrar uma quadrilha que desviava dinheiro de contas bancárias, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, através de golpes pela internet. No entanto, Marçal não cumpriu a pena, pois após recorrer diversas vezes, o caso prescreveu em 2018.

Pela primeira vez, Pablo Marçal, que tem o combate à corrupção como uma de suas principais bandeiras, admitiu publicamente na segunda-feira (26), em entrevista ao canal Globonews, que foi preso durante uma operação da PF. A operação visava desarticular um grupo que enviava e-mails com promessas de adesão a programas sociais do governo e conteúdos pornográficos, a fim de roubar senhas bancárias das vítimas. Marçal ficou preso temporariamente por dois dias durante o inquérito.

“Queria ser uma pessoa que nunca foi processada, um menino que nem peida. Mas não foi assim. Infelizmente, fui injustiçado. Muitas coisas na minha vida foram bobeira mesmo que eu fiz, todo mundo erra”, afirmou Marçal. Até então, ele negava os crimes. No debate da Band, há duas semanas, afirmou que, se alguém encontrasse alguma condenação, ele desistiria da eleição deste ano. Contudo, Guilherme Boulos (PSOL), também candidato, afirmou que a sentença estava disponível nas redes sociais. Marçal argumentou que, na época, não teve defesa adequada por ser pobre, mas destacou que o caso estava prescrito.

A condenação de Pablo Marçal no caso da quadrilha de piratas da internet foi lembrada também pela candidata Tabata Amaral (PSB) durante o debate da Band. “O candidato ao meu lado [Marçal] foi condenado por formação de quadrilha no esquema de fraudes bancárias. Ele também é investigado pela PF por falsidade ideológica, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. O presidente do partido dele confessou que é ligado ao PCC. Você pretende usar sua experiência no mundo do crime para cuidar de São Paulo?”, questionou Tabata, dirigindo-se a Marçal, que frequentemente ofende a deputada.

Segundo a investigação da PF, Marçal, que na época fazia manutenção de computadores, era responsável pela captação de e-mails para os quais seriam enviados spams, a fim de roubar dados das contas das vítimas. O caso veio à tona em 2005, com a Operação Pegasus, deflagrada pela PF para desmantelar um grupo que criava sites falsos de instituições financeiras. Na época, Marçal tinha 18 anos.

O juiz responsável pelo caso afirmou que Marçal compreendia “claramente” os crimes e que suas próprias declarações eram discrepantes com a tese de inocência que ele defendia. Apesar de ter recorrido, Marçal não foi absolvido, mas escapou da prisão devido à prescrição retroativa da pena em 2018. No ano passado, Marçal foi alvo de uma operação da Polícia Federal que apura crimes eleitorais, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e apropriação indébita de recursos.

Na mais recente pesquisa Datafolha para a Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (21%) estava empatado no primeiro lugar com Guilherme Boulos (23%) e o atual prefeito Ricardo Nunes (19%), do MDB.

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