Operação prende 12 envolvidos no tráfico de drogas e armas

A Polícia Civil prendeu 12 suspeitos de envolvimento em uma rede de tráfico de drogas e armas que abastecia a região metropolitana de Belo Horizonte. Entre os detidos está um homem conhecido como “Senhor das Armas”, localizado em uma casa na cidade de Foz do Iguaçu, próxima à Tríplice Fronteira. Ele utilizava sua proximidade com Paraguai e Argentina para facilitar o envio de contrabando à Grande BH.

Mesmo à distância, o suspeito continuava liderando operações ilícitas, concentrando suas atividades na região de Venda Nova, na capital mineira.

Detalhes da operação

A ação policial, detalhada nesta segunda-feira (18), teve como objetivo desarticular uma rede criminosa que coordenava o fluxo de drogas e armas entrando no estado pelo Triângulo Mineiro e se espalhando por Belo Horizonte e municípios vizinhos.

“Essa operação buscou desmantelar uma cadeia de distribuição que, mesmo sem conexão direta entre seus membros, funcionava de forma coordenada para alimentar a rota do tráfico na região”, explicou o delegado Felipe Freitas.

Chefes do tráfico entre os presos

Entre os detidos, está um dos chefes de uma facção criminosa de Belo Horizonte, encontrado em um hotel de luxo no Rio de Janeiro no dia 10 de novembro. Ele é apontado como o principal fornecedor de maconha para a Grande BH e estava expandindo suas atividades para o Norte do Brasil, especialmente o Pará.

Outro preso, conhecido como “torturador”, era responsável por punir violentamente pessoas que tinham dívidas com a organização criminosa. Segundo a Polícia Civil, todos os detidos possuem histórico de alta periculosidade e estavam foragidos da justiça. Um deles já acumula mais de 100 anos de condenação por crimes anteriores.

Impacto da operação

A ação é mais um passo no combate ao crime organizado em Minas Gerais, que tem enfrentado a crescente influência de facções na distribuição de drogas e armas. “Todos os presos atuavam de forma direta ou indireta no tráfico e exerciam papéis cruciais em grupos criminosos”, concluiu o delegado.