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Moradores pedem justiça após morte de homem com tiro calibre 12 dentro de viatura da PM em BH

Familiares e amigos de um homem de 34 anos, morto após ser atingido por um disparo de espingarda calibre 12 com munição de borracha durante uma operação policial, protestaram na noite de segunda-feira (7), no bairro Jardim Leblon, região da Pampulha, em Belo Horizonte. Os manifestantes bloquearam as ruas Coronel Antônio Lopes e Central, incendiando pneus em sinal de revolta.

A ação policial que resultou na morte do homem ocorreu no sábado (5). De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), os policiais foram informados sobre uma bolsa contendo drogas que teria sido escondida em um bar ou em um lote ao lado. Durante a busca, eles encontraram uma bolsa com quatro barras de maconha, e a dona do bar afirmou que o material pertencia a uma boca de fumo local.

Os policiais identificaram um suspeito, apontado pela denúncia como o proprietário das drogas, e o abordaram. Segundo o BO, o homem reagiu de forma agressiva, recusando-se a ser preso e insultando os policiais. Ele tentou fugir e resistiu à prisão, inclusive agredindo os agentes com chutes.

Os policiais utilizaram armas de choque, mas o homem continuou resistindo, mesmo após ser colocado na viatura, impedindo o fechamento da porta com os pés. Durante a confusão, a presença de moradores no local gerou tensão, e os policiais sentiram que a situação estava se agravando.

Conforme o relato do BO, um sargento ordenou que um soldado utilizasse uma espingarda com bala de borracha para disparar na perna do suspeito, a fim de imobilizá-lo. Mesmo após o disparo, ele continuou resistindo até que mais policiais chegaram e conseguiram detê-lo.

O homem foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Venda Nova, mas morreu 40 minutos depois de ser atendido. Um vídeo gravado por moradores circula nas redes sociais, mostrando parte da ação.

A Polícia Civil informou que o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) e liberado para a família, enquanto aguardam os laudos para determinar as circunstâncias da morte. Já a Polícia Militar afirmou que, devido à resistência do preso, foi necessário o uso de força, e a Corregedoria está investigando o caso para apurar os fatos.

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