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Mãe contrai infecção e tem pernas, braço, mão e dedos amputados após parto de gêmeos

Uma mulher de 29 anos compartilhou uma história chocante, revelando que teve que passar pela amputação de suas duas pernas, seu braço esquerdo, uma mão e alguns dedos após dar à luz a um casal de gêmeos. O incidente ocorreu no ano passado, no sudoeste de Londres, Inglaterra, mas só veio à tona neste domingo (12), dia das mães no Brasil, quando a jovem Khedidja Teape detalhou o drama vivido ao portal inglês “The Sun”.

Khedidja estava esperando um casal de gêmeos e teve um parto natural. Inicialmente, tudo parecia correr bem, e mãe e filhos receberam alta do hospital um dia após o nascimento. Entretanto, em casa, a recuperação da jovem se tornou complicada, levando-a a ser diagnosticada dias depois com Sepse pós-parto, uma infecção grave que poderia ter sido fatal.

“No dia seguinte, as parteiras vieram para o check-up diário. Eu relatei que ainda sentia dores no estômago e não me sentia bem. Elas atribuíram as dores ao parto e me aconselharam a tomar analgésicos. Mas as dores só pioraram depois disso”, relatou Khedidja.

Ela começou a vomitar e teve episódios de diarreia. “Uma semana após o parto, eu senti que estava morrendo”, lembrou.

Decidindo chamar uma ambulância, Khedidja foi internada na UTI do mesmo hospital onde deu à luz, sendo diagnosticada com a grave infecção e passando por cirurgia.

“Foi então que um médico disse que eu poderia ter um abscesso dentro do útero e precisariam realizar uma cirurgia para drená-lo. Eu estava incrédula, olhando para o meu corpo. Todos os meus membros e meu nariz estavam pretos. Fiquei em choque, levou dias para aceitar. Eu não entendia por que isso estava acontecendo comigo”, desabafou.

Em maio de 2023, Khedidja recebeu a notícia de que teria que passar pela amputação de membros. A notícia foi devastadora, mas ela agradeceu por estar viva.

“Eles decidiram fazer em duas etapas. Na primeira, amputaram minhas pernas, meu braço esquerdo, uma mão e os dedos da outra. Quando acordei, não senti nada. Fiquei aliviada por ter acabado e por estar viva”, relatou.

Khedidja também compartilhou os desafios de cuidar de seus quatro filhos sem membros, já que ela já tinha um casal antes de dar à luz aos gêmeos.

Apesar do susto, ela expressou gratidão por não ter perdido a vida: “Meus gêmeos estão saudáveis e felizes, com 1 ano de idade. Posso até carregá-los agora no colo. Minha vida virou de cabeça para baixo, mas pelo menos meus bebês e meus filhos mais velhos ainda têm a mãe”, afirmou.

Sobre a Sepse pós-parto, segundo a Fiocruz, é uma das principais causas de mortalidade materna, relacionada a infecções obstétricas ou não-obstétricas.


A infecção é potencialmente fatal, definida como a “disfunção orgânica resultante da infecção durante a gravidez, parto, pós-aborto ou pós-parto”.A sepse materna é responsável por cerca de 260 mil mortes no ano e é a terceira causa de morte de mães. Em países desenvolvidos ela ocorre em cerca de 5% dos casos e em países em desenvolvimento chega à  11%, segundo dados do Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, da Fiocruz.

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