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Julgamento de ex-policial que queimou delegado vivo em MG começa em novembro
A Justiça agendou para a segunda semana de novembro o julgamento de Rodrigo César Costa Barbosa, ex-policial civil acusado de esfaquear e atear fogo no delegado aposentado Hudson Maldonado Gama, que ainda estava vivo, em Sete Lagoas (MG). O crime ocorreu em maio deste ano e, segundo as investigações, foi motivado pela perda do cargo de Barbosa há quase 20 anos.
Na mesma decisão, a juíza Elise Silveira dos Santos, da 3ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri da Comarca de Sete Lagoas, negou o pedido de habeas corpus e manteve a prisão preventiva do ex-policial. A decisão foi fundamentada na “extrema gravidade” do crime, demonstrada pelo modus operandi utilizado e pela aparente premeditação do homicídio qualificado, cometido contra uma pessoa idosa e acamada.
A audiência foi marcada para a tarde do dia 11 de novembro. Esta primeira audiência, conhecida como audiência de instrução, é a etapa inicial do julgamento, na qual as partes apresentam provas e argumentos diante do juiz. Além disso, as testemunhas são ouvidas, e há espaço para debates e esclarecimentos dos fatos. Para essa audiência, todas as testemunhas envolvidas no caso foram convocadas para comparecer pessoalmente ao Fórum de Sete Lagoas. Como está preso, Rodrigo participará da audiência de forma virtual.
O Crime
Segundo o registro policial, o crime ocorreu quando Rodrigo se apresentou na residência da vítima, localizada na avenida Irmã Flávia, no bairro CDI II, afirmando que faria uma entrega. “Por volta das 11 horas, um indivíduo interfonou, apresentando-se como entregador de farmácia e dizendo que tinha uma encomenda para o dr. Hudson, que hesitou em abrir o portão”, relatou o boletim.
A cuidadora de Hudson contou à polícia que foi ameaçada pelo suspeito, que disse: “abre aqui se não vou te matar”. Com medo, ela abriu o portão. Rodrigo então afirmou: “meu problema não é com você, sai daqui, meu problema é com ele que está me devendo há 18 anos.” A cuidadora fugiu para buscar socorro. Após invadir o imóvel, o criminoso ateou fogo no quarto onde estava Hudson, que, devido a um AVC sofrido seis meses antes, estava com a saúde debilitada e não conseguiu escapar, morrendo carbonizado.
A perícia e uma equipe policial compareceram ao local para identificar e coletar vestígios. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) do município, onde passou por exame de necropsia antes de ser liberado para os familiares.
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