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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou atrás nesta quinta-feira (23) e negou que sua esposa, Michelle Bolsonaro, será candidata à Presidência da República em 2026. Em entrevista ao portal Metrópoles, Bolsonaro afirmou que a possibilidade de Michelle disputar o cargo foi apenas uma hipótese levantada em um contexto especulativo, reforçando que não existe negociação concreta nesse sentido.
Michelle Bolsonaro no Senado pelo Distrito Federal
De acordo com Bolsonaro, Michelle será candidata ao Senado pelo Distrito Federal nas próximas eleições. O ex-presidente explicou que, embora seu nome esteja inelegível, ele está trabalhando para construir alternativas políticas dentro de sua família. Entre as opções cogitadas para disputar a Presidência em 2026, ele mencionou seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
“Não tem nada negociado, nada conversado [sobre Michelle na corrida presidencial]. Ela vem candidata ao Senado aqui em Brasília. Se tivesse que botar alguém da família, seria o Flávio ou o Eduardo Bolsonaro”, declarou Jair Bolsonaro.
Flávio e Eduardo Bolsonaro na mira do Senado
Bolsonaro também ressaltou que prefere que tanto Flávio quanto Eduardo concorram ao Senado, ampliando a presença da família na Casa Legislativa. O ex-presidente ainda afirmou que considera sua ausência nas eleições presidenciais uma afronta à democracia.
A declaração ocorreu após Bolsonaro conceder uma entrevista à CNN, na qual havia admitido, pela primeira vez, a possibilidade de Michelle disputar a Presidência. Durante a conversa, ele avaliou que a ex-primeira-dama seria um bom nome para representar a direita no pleito. Contudo, Bolsonaro condicionou a candidatura de Michelle à nomeação dele como ministro da Casa Civil, caso ela fosse eleita.
Bolsonaro como articulador político
“[Michelle] seria também um bom nome com chance de chegar. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser”, afirmou o ex-presidente. A declaração gerou repercussão imediata, levantando especulações sobre os planos futuros da família Bolsonaro no cenário político.
Apesar da mudança no discurso, a declaração reforça a estratégia de Bolsonaro em manter a família como uma força política central. A presença de Michelle no Senado é vista como uma forma de preservar a influência política do clã Bolsonaro, enquanto Flávio e Eduardo permanecem como nomes fortes para futuras eleições majoritárias.
Impacto no cenário político
A mudança de postura de Bolsonaro ocorre em um momento de reorganização da direita no Brasil. Com sua inelegibilidade definida, o ex-presidente busca consolidar uma liderança que possa unir sua base de eleitores e garantir continuidade às políticas defendidas por seu governo. Nesse sentido, Michelle Bolsonaro tem ganhado destaque por seu apelo entre eleitores conservadores e sua atuação em pautas ligadas à família e aos valores cristãos.
Enquanto isso, a oposição observa de perto os movimentos da família Bolsonaro. Analistas políticos apontam que a entrada de Michelle na corrida pelo Senado pode representar um desafio para adversários políticos, dada sua popularidade e capacidade de mobilização.
Perspectivas para 2026
Com as eleições de 2026 ainda distantes, o cenário político brasileiro segue em constante mudança. Jair Bolsonaro, mesmo fora da disputa direta, busca consolidar uma estratégia que permita a manutenção de sua influência no cenário nacional. Seja com Michelle no Senado ou com Flávio e Eduardo em posições de destaque, a família Bolsonaro promete continuar como um dos principais atores na política brasileira.
A definição dos candidatos para as próximas eleições deve ser acompanhada de perto, especialmente pelo impacto que as decisões de Bolsonaro terão na articulação da direita e na formação de alianças. O futuro político do Brasil segue incerto, mas uma coisa é clara: a família Bolsonaro continuará no centro do debate nacional.