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As trocas de mensagens no WhatsApp entre Filipe Rodrigues, que foi morto junto com sua esposa e filho de 7 meses no Rio de Janeiro, foram cruciais para a identificação dos responsáveis pelo crime.
De acordo com informações da polícia, Filipe se apresentou como um policial militar do 7º BPM (São Gonçalo) e solicitou dinheiro aos traficantes em troca de entregar um suposto informante. Além disso, ele pediu para ser chamado de “demolidor” por um chefe do Comando Vermelho.
Essas mensagens foram analisadas pela DHNSGI (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí), que afirmou que Filipe estava em contato com Lucas Lopes da Silva, conhecido como Naíba, apontado como líder do tráfico no morro do Castro e atualmente foragido.
Na quarta-feira (3), a polícia prendeu um suspeito relacionado ao ataque que resultou na morte da família em 17 de março, em Niterói. Segundo as investigações, depois que Filipe entregou o informante e recebeu parte do pagamento, os traficantes descobriram que ele não era quem afirmava ser. Filipe trabalhava como gesseiro e motorista de aplicativo e nunca foi parte da Polícia Militar.
As mensagens trocadas entre Filipe e Naíba revelam uma negociação em que Filipe propõe entregar informações sobre o informante em troca de dinheiro, além de solicitar uma arma e propor a divisão do pagamento com outros seis policiais.
Posteriormente, as mensagens indicam que Filipe armou uma armadilha para o suposto informante, alegando que este estava prejudicando a quadrilha. Filipe menciona ocorrências policiais que teriam sido resultado de informações fornecidas pelo informante.
Naíba concorda em pagar a quantia acordada em parcelas para obter informações sobre o suposto informante e sua localização. Wesley Pires da Silva Sodré, preso na quarta-feira, teria ajudado na entrega do informante aos traficantes.
O inquérito também detalha o sequestro do informante pelos traficantes, que está desaparecido e possivelmente morto. Filipe compartilhou a localização em tempo real do informante através do WhatsApp, que teria subido na garupa de Sodré para uma corrida de mototáxi.
Após o sequestro, Filipe exige o restante do pagamento, mas Naíba responde apenas no dia seguinte, sugerindo que ele já havia descoberto que Filipe não era realmente um policial.
Naíba concorda em pagar o restante da quantia acordada e marca um encontro com Filipe em um local próximo ao morro do Castro. Filipe vai ao local com sua esposa e filho, onde foram alvejados por dois homens em uma moto, resultando na morte do casal e do bebê.
Lucas Lopes da Silva, conhecido como Naíba, é apontado pela polícia como chefe do tráfico no morro do Castro. Ele possui nove registros criminais e já foi preso diversas vezes, sendo suspeito de tráfico de drogas e receptação. Após breves períodos de prisão, ele voltou a ser detido em julho de 2023, mas nega envolvimento nos crimes pelos quais é acusado.
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