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O gás lacrimogênio que invadiu o Colégio Tiradentes, no bairro Prado, em Belo Horizonte, teria partido de um treinamento na Academia de Polícia Militar de Minas Gerais, que fica no mesmo quarteirão da escola.
“Os efeitos da inalação desse gás não causam problema posterior para o corpo, só na hora. São bombas de efeito moral que estavam sendo utilizadas pela PM em um treinamento, mas as causas serão verificadas posteriormente”, disse o tenente do Corpo de Bombeiros Eduardo Moreira.
O responsável pela guarnição dos bombeiros disse que alguns alunos apresentaram problemas respiratórios. Os adolescentes foram levadas para a UPA Oeste e outros para o Hospital da Polícia Militar, mas nenhum em estado grave.
Parte dos alunos estavam em sala de aula e outras no pátio.
“Foi aterrorizante”
A aluna Ana Luiza, de 14 anos, estava com a mãe do lado de fora da escola. Ela relatou que foi aterrorizante o momento. “Na hora foi aterrorizante ver todo mundo passando mal, tentei manter a calma para tentar ajudar as pessoas. Acho que começou 7h e pouca. Ai todo mundo começou a tossir, todo mundo passando mal. Depois começou várias pessoas pedindo pra sair da sala”, lembrou.
Já Alice Lourenço, 16, estava na companhia da tia. “Foi tudo uma surpresa. A gente estava na sala e de repente avisaram que tinham soltado uma bomba com um gás. Quando a gente saiu pra ver a situação, estava todo mundo passando mal, o capitão tentando resolver, começou a chegar polícia, bombeiro. Eu fiquei na minha sala de máscara, não senti nada, só fiquei tossindo e a garganta doendo. Um aluno da minha sala saiu mal, mas outras que estavam mais perto da academia saíram piores”, disse.
A Polícia Militar disse que apura o caso e que vai se manifestar por nota ao longo do dia.
Font: OTEPMO