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Falta de controladores de voo contribuiu para acidente em Washington, diz jornal
Um avião comercial da American Airlines e um helicóptero militar colidiram no ar na noite desta quarta-feira (29), em Washington, capital dos Estados Unidos. A colisão ocorreu nas proximidades do Aeroporto Nacional Ronald Reagan, próximo ao rio Potomac. Equipes de emergência foram acionadas imediatamente para atender a ocorrência.
De acordo com informações preliminares, o voo 5342 da American Airlines transportava 64 pessoas, sendo 60 passageiros e quatro tripulantes. O helicóptero militar levava três soldados a bordo. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do impacto.
A American Airlines divulgou um comunicado oficial informando que a aeronave envolvida no acidente tinha capacidade para 70 passageiros e que novas atualizações serão fornecidas à medida que mais detalhes forem confirmados.
Relatório aponta falhas na segurança do Aeroporto Ronald Reagan
Um relatório preliminar da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) indicou que o número de controladores de tráfego aéreo no Aeroporto Ronald Reagan no momento do acidente “não era normal para a hora do dia e o volume de tráfego”. O jornal The New York Times teve acesso ao documento, que revelou que um único controlador estava lidando simultaneamente com helicópteros e aviões que pousavam e decolavam do aeroporto. Normalmente, essas funções são distribuídas entre dois profissionais.
A comunicação entre aviões e helicópteros é separada, utilizando diferentes frequências de rádio. No entanto, o relatório aponta que, ao se comunicar com pilotos de ambas as aeronaves, eles podem não ter conseguido ouvir um ao outro, comprometendo a segurança operacional.
A falta de pessoal nas torres de controle de aeroportos dos EUA é um problema antigo. Segundo um relatório do Plano de Força de Trabalho do Controlador de Tráfego Aéreo, apresentado ao Congresso, o Aeroporto Ronald Reagan deveria contar com 30 controladores, mas, em setembro de 2023, possuía apenas 19. A FAA não respondeu ao pedido de comentário feito pelo jornal.
Acidente resulta em 67 mortos
O choque entre as aeronaves deixou 67 mortos no total. O avião transportava 60 passageiros e quatro tripulantes, enquanto o helicóptero militar levava três soldados a bordo. Ninguém sobreviveu. Os destroços das aeronaves caíram no rio Potomac, que já havia sido palco de um acidente aéreo em janeiro de 1982.
Esse é o acidente aéreo mais mortal nos EUA desde 2001. No dia 12 de novembro daquele ano, um avião da American Airlines caiu em um bairro residencial de Nova York minutos após decolar do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, vitimando 260 pessoas a bordo e cinco no solo.
Autoridades acompanham o caso
O Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) confirmou que seu Esquadrão de Resposta a Capitais Nacionais está trabalhando em conjunto com outras agências de segurança para investigar o incidente.
A Casa Branca também se manifestou sobre o caso, afirmando que o presidente Donald Trump está sendo mantido informado sobre o acidente e acompanha os desdobramentos. Em comunicado oficial, Trump declarou: “Fui completamente informado sobre o terrível acidente que ocorreu no Aeroporto Nacional Reagan. Estou monitorando a situação e forneceremos detalhes assim que surgirem.”
As causas da colisão ainda estão sendo apuradas pelas autoridades competentes. Novas informações serão divulgadas conforme avançam as investigações.