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Estádio do Atlético, Arena MRV é interditada pelo STJD

A Arena MRV, estádio do Atlético, foi interditada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta terça-feira (12), dois dias após tumultos durante a final da Copa do Brasil, na qual o Atlético perdeu por 1 a 0 para o Flamengo. A interdição foi solicitada pela procuradoria do STJD na segunda-feira (11) e deferida pelo presidente do Tribunal, Luís Otávio Veríssimo. Além de determinar a interdição provisória, ele ordenou que o Atlético jogue em outro estádio, com portões fechados, até que comprove a adoção de medidas de segurança na Arena MRV.

O Atlético ainda tem três jogos como mandante nesta temporada: contra o Botafogo (20 de novembro), Juventude (26 de novembro) e Athletico-PR (8 de dezembro).

Motivos para a Interdição

A decisão de interdição foi baseada em cinco incidentes graves durante o jogo contra o Flamengo, de acordo com o procurador Paulo Dantas:

  1. Arremesso de quatro bombas no campo.
  2. Lançamento de objetos.
  3. Uso de laser nos olhos do goleiro visitante.
  4. Invasão de campo após o gol do Flamengo.
  5. Tentativa de invasão de vários torcedores.

Veríssimo afirmou que os incidentes possuem provas consistentes, como imagens que registram as bombas e objetos lançados, além das invasões. Segundo ele, as ações indicam falhas na segurança e na prevenção de atos hostis, em descumprimento aos artigos 211 e 213 do CBJD.

Fotógrafo Atingido

Outro ponto citado foi o caso do fotógrafo Nuremberg José Maria, atingido por uma bomba no pé enquanto trabalhava. A imagem do fotógrafo ferido no gramado circulou nas redes sociais e foi incluída na denúncia. Veríssimo destacou que a manutenção dos jogos na Arena MRV, sem intervenção, poderia resultar em mais violência e riscos à integridade física dos presentes.

Resposta do Atlético

O CEO do Atlético, Bruno Muzzi, prometeu “medidas severas” contra os responsáveis pelos tumultos e manifestou vergonha pelos episódios. Muzzi afirmou que o clube reconhece seus erros e está tomando as providências necessárias. O clube também se comprometeu a cobrir os custos médicos de Nuremberg e informou que o presidente Sérgio Coelho visitou o fotógrafo na manhã desta terça-feira (12).

No dia do jogo, 16 pessoas foram detidas pela Polícia Militar, sendo 12 acusadas de incitação ao tumulto, ameaça e injúria racial.

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