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Equipe discute plano para diminuir efeitos de ações humanas na qualidade da água no Pq. Água Santa

A equipe técnica formada pelos professores doutores Marcelo Libânio e Uende Gomes, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e por servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Proteção Animal (Semapa) e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira, se reuniu para discutir estratégias de recuperação do Córrego da Água Santa.

Durante o encontro, realizado na segunda-feira (25), na Semapa, foi apresentado um diagnóstico preocupante: a água do córrego contém níveis elevados de poluentes microbiológicos, que ultrapassam os limites estabelecidos pela legislação ambiental. A principal fonte de contaminação é o lançamento irregular de esgotos sanitários.

Diante desse cenário, os especialistas propuseram um plano de ação integrado que combina melhorias no saneamento básico com iniciativas de educação ambiental. Entre as medidas sugeridas estão a identificação das principais fontes de poluição; construção de fossas sépticas; instalação de rede de esgoto adequada; monitoramento da água, inclusive no período chuvoso; e atividades de conscientização em escolas municipais para engajar a comunidade na preservação das águas urbanas.

“O lançamento irregular de esgotos e outros efluentes no Córrego da Água Santa tem causado sérios prejuízos à saúde pública, à biodiversidade e ao equilíbrio do ecossistema local. O plano busca não apenas solucionar os problemas técnicos, mas também promover práticas sustentáveis que assegurem a preservação do Parque da Água Santa e de sua importância para a população itabirana”, disse a professora doutora, Uende Gomes.

Com uma área verde de aproximadamente 12 mil m², o Parque da Água Santa está localizado em um ponto central da cidade, na rua Joaquim Morais de Brito, 43, Vila Senhora de Fátima, ao lado da rodoviária. O local abriga o Poço da Água Santa, uma queda d’água que tem um grande valor histórico, estando, inclusive no hino de Itabira. O poço é famoso por suas águas térmicas que brotam de fraturas de rochas ou falhas geológicas de grande profundidades.

O parque faz parte do Museu de Território Caminhos Drummondianos, com o poema “Banho”, de Carlos Drummond de Andrade. No espaço também estão instalados teatros de arena, bancos para descanso e outros equipamentos de lazer.

“O Parque da Água Santa é um patrimônio natural, cultural e histórico, acessível e com forte potencial para trazer à agenda pública temas centrais para o desenvolvimento de Itabira. Carlos Drummond de Andrade já cunhou: ‘A tarde não cai na Água Santa. Ela pousa na sombra da gameleira’. Também a mestra Vitalina de São José, compositora do hino de Itabira, descreveu: ‘Tem o poço d’Água Santa; E as fontes do Pará; Quem de suas águas bebe; Não se esquece mais de lá”, finalizou Uende Gomes.

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