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Caso Vitória: Perícia revela que suspeito já perseguia adolescente há mais de um ano

A polícia de São Paulo fez uma perícia no celular de Maicol Antonio Sales dos Santos, suspeito de envolvimento na morte da adolescente Vitória Sousa, e descobriu que ele já a seguia desde o ano passado. A informação foi divulgada pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo (16).

Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro, em Cajamar, na Grande São Paulo. Seu corpo foi encontrado no dia 5 de março. Maicol é o único suspeito preso até agora. No porta-malas do seu carro, um Toyota Corolla, foram encontrados vestígios de sangue, que agora passarão por análise para confirmar se pertencem à vítima. O processo deve levar de 30 a 40 dias.

Segundo a TV Globo, Maicol viu uma postagem de Vitória minutos antes de ela descer do ônibus e, em seu celular, foram encontradas diversas fotos da jovem armazenadas desde o ano passado. Isso levanta a suspeita de que ele teria uma obsessão por ela. Também havia imagens de outras mulheres com características parecidas, além de fotos de facas e um revólver.

Maicol morava no mesmo bairro de Vitória e, de acordo com a investigação, era um tipo de perseguidor. Quando percebeu que estava sendo investigado, apagou as fotos do celular, mas os peritos conseguiram recuperar os arquivos. Além disso, o sistema apontou que o aparelho dele foi usado durante toda a madrugada do dia 27, quando Vitória desapareceu.

Outras provas aumentam as suspeitas contra Maicol. A esposa dele negou que ele tenha dormido em casa na noite do crime. O celular dele foi localizado perto do trajeto de Vitória e testemunhas relataram gritos e movimentações estranhas em sua residência. Algumas dessas testemunhas teriam sido ameaçadas pelo suspeito, segundo o delegado Luiz Carlos do Carmo, do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo.

A polícia encontrou manchas de sangue na casa de Maicol e investiga se o local foi usado como cativeiro. Entre os três carros apreendidos, apenas o Corolla apresentava vestígios de sangue. A Justiça autorizou a prisão apenas de Maicol, embora a polícia tenha solicitado a de outros dois suspeitos. Além disso, uma pá e uma enxada com material genético foram achadas perto do local onde o corpo de Vitória foi encontrado. O padrasto de Maicol afirmou que essas ferramentas haviam desaparecido cerca de 15 dias antes do crime.

Vitória trabalhava como caixa em um restaurante de shopping e pegava dois ônibus para voltar para casa. Naquela noite, uma amiga percebeu que ela estava inquieta. Em um dos pontos de ônibus, ela notou a presença de dois homens e chegou a mandar mensagem para uma amiga dizendo que estava com medo. Um desses homens entrou no mesmo ônibus que ela.

Ao descer no seu ponto, Vitória foi seguida por dois homens que estavam em um Toyota Yaris. Testemunhas também viram um Corolla na região. Seu corpo foi encontrado em uma área de mata, sem roupas – apenas com um sutiã no pescoço –, cabelo raspado e sinais de tortura. As mãos estavam amarradas e envoltas em material plástico, provavelmente para evitar que ela deixasse material genético dos envolvidos sob as unhas.

A investigação continua para identificar outros possíveis envolvidos no crime.

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