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Casal e bebê morreram em incêndio causado por solvente tóxico, indica laudo
A Polícia Civil de Goiás concluiu que um solvente altamente tóxico, comprado pela internet, foi o responsável pelo incêndio que matou um casal, um bebê de 19 dias e um cachorro em um apartamento em Valparaíso de Goiás, em agosto deste ano.
De acordo com o relatório da PCGO, Graciane Rosa, de 35 anos, seu marido Luiz Evaldo, de 28, e o filho do casal, de apenas 19 dias, morreram após caírem do apartamento em chamas. A investigação apontou que o incêndio foi provocado por um solvente adquirido por Graciane para impermeabilizar o sofá da casa. Na tragédia, o cachorro da família também perdeu a vida, e a mãe de Graciane ficou ferida.
O major Maurílio Correa explicou que o solvente utilizado é inflamável, tóxico e inodoro, o que o torna ainda mais perigoso, pois não emite cheiro. “É um produto mais pesado que o ar, que se concentra nas partes baixas e, sendo inflamável e tóxico, provocou um ‘flashover’ [fenômeno de combustão súbita] ao entrar em contato com uma fagulha, resultando na explosão e no incêndio”, afirmou.
O produto foi aplicado por um amigo da família, que, segundo a investigação, não tinha habilitação para realizar esse tipo de serviço. Por conta disso, ele foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Como o nome do homem não foi divulgado, sua defesa não pôde ser localizada para comentar o caso.
O solvente envolvido no incidente é destinado exclusivamente a profissionais qualificados e a ambientes abertos. O major Maurílio também ressaltou que a venda desse tipo de produto de forma indiscriminada online não deveria ocorrer.
Relembre o Caso
O incêndio ocorreu no sétimo andar de um prédio residencial. Segundo a investigação, no momento da explosão, Graciane estava segurando o bebê e se desequilibrou, caindo do apartamento. Luiz Evaldo despencou ao tentar segurar a esposa.
Imagens do local mostraram a destruição completa do apartamento, com todos os cômodos atingidos e a estrutura interna inteiramente carbonizada. Nenhum móvel restou intacto, e os destroços estavam espalhados por todo o chão, com as paredes visivelmente chamuscadas e danificadas.
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