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Bolsonaro confirma presença em ato de 7 de Setembro que vai pedir impeachment de Moraes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que participará de uma manifestação a favor do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ato está marcado para o dia 7 de setembro na Avenida Paulista e foi organizado por parlamentares aliados a Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia.
Desde 2019, existem cerca de 20 pedidos de impeachment contra Moraes tramitando no Congresso Nacional. Agora, senadores e deputados ligados a Bolsonaro estão coletando assinaturas para um novo pedido, pressionando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que ele dê andamento à petição.
Caso o movimento seja aceito, seria um acontecimento inédito no país. Os parlamentares buscam o apoio tanto de outros congressistas quanto da população em geral. Durante o ato nas principais capitais, serão coletadas assinaturas, com o objetivo de apresentar o pedido à Presidência do Senado no dia 9 de setembro.
A iniciativa é liderada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) e foi anunciada um dia após a Folha de S.Paulo revelar que o gabinete de Moraes teria solicitado, de forma não oficial, a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para fundamentar suas decisões contra aliados de Bolsonaro nos inquéritos das fake news e das milícias digitais no STF.
Essas mensagens mostram uma interação fora dos canais oficiais entre o STF e o TSE, utilizando o órgão de combate à desinformação do TSE para investigar e fornecer material para um inquérito do STF. As conversas, que ocorreram entre 2022 e 2023, envolvem mais de seis gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp entre assessores de Moraes, incluindo seu juiz instrutor no STF e integrantes de sua equipe no TSE.
Moraes negou qualquer irregularidade, afirmando que todos os procedimentos estão documentados nos inquéritos em curso no STF e contam com a participação da Procuradoria-Geral da República. O comunicado do gabinete ressaltou que várias requisições e solicitações foram feitas a diversos órgãos, incluindo o TSE, que tem competência para realizar relatórios sobre atividades ilícitas como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e ataques à democracia e às instituições.
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