Bola, condenado pela morte de Eliza Samudio, volta a ser preso por assassinato de motorista em BH

Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como “Bola”, um dos condenados pelo desaparecimento e morte da ex-modelo Eliza Samudio, foi preso novamente por outro assassinato. O mandado de prisão foi cumprido na quarta-feira (3 de julho). Nesta quinta-feira (4), após exames, ele será levado para a Casa de Custódia da Polícia Civil, na região Leste de Belo Horizonte.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Bola foi preso pelo homicídio do motorista Devanir Claudiano Alves, ocorrido em 2009 no bairro Juliana, região Norte de Belo Horizonte. Bola foi detido em sua casa no bairro Santa Clara, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, sem oferecer resistência.

O documento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) indica que Bola foi contratado pelo comerciante Antônio Osvaldo Bicalho, que havia descoberto um relacionamento extraconjugal entre sua esposa e a vítima. Em 2019, ambos foram condenados pelo crime e receberam o direito de recorrer em liberdade, mas Bola já cumpria pena pela morte de Eliza Samudio.

Com o fim dos recursos, a prisão dos envolvidos foi determinada na segunda-feira (1º de julho). Bola foi levado para a delegacia, depois ao Instituto Médico Legal (IML) no bairro Gameleira, em Belo Horizonte, para exames de corpo de delito e, posteriormente, será transferido para a Casa de Custódia da Polícia Civil.

A reportagem tentou contato com a defesa de Bola e aguarda retorno. O caso está sob sigilo, não sendo possível determinar desde quando Bola estava solto e qual regime estava cumprindo.

Eliza Samudio

Eliza Samudio desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos na época e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, que na época era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

Bruno foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado de Eliza, recebendo uma sentença de 22 anos e três meses de prisão. Bola foi condenado a 22 anos de prisão pelo mesmo crime.