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Áudios mostram assédio moral de Pedro Guimarães: ‘Eu que mando’
Nas conversas, ex-presidente do banco xinga e ameaça subordinados no banco
Após os surgimento das denúncias de assédio sexual na Caixa, áudios indicam Pedro Guimarães, também tinha o costume de agir de forma autoritária e praticando assédio moral contra funcionários do banco estatal. Nos áudios, ele xinga seus subordinados, faz ameaças e afirma que não havia democracia ali pois era ele quem mandava em tudo.
Os áudios foram revelados pelo colunista Rodrigo Rangel, o mesmo que divulgou os relatos de assédio sexual pela primeira vez. Em uma das conversas gravadas, Pedro Guimarães aparece revoltado por uma mudança determinada pelo conselho da Caixa que reduziria sua remuneração. A mudança aprovada pelos colegas determinava que ele só poderia receber pela participação em dois colegiados no banco. Ele chegou a integrar 18 grupos. Por isso, seus rendimentos alcançaram R$ 130 mil, além do salário de R$ 56 mil como presidente da Caixa.
“Sabe qual a vontade? P… acho que quem está torcendo para o Lula… Vocês se f… Voltar a Caixa a ser estuprada por aqueles ladrões, e vocês se f…”, reagiu Pedro Guimarães nesta reunião.
No encontro, ele também pediu que Celso Leonardo Derziê Barbosa, amigo que ele levou para a Caixa, anotasse o CPF dos participantes da conversa para que perdessem o cargo caso o teor da reunião vazasse.
“Quem for responsável vai deixar de ser. Ou vice-presidente, ou diretor, ou superintendente nacional, ou gerente nacional. Então, Celso, é para você essa: porque o Vreco é pau mole. Eu quero isso no detalhe. Eu quero os CPFs de todo mundo”, avisou fazendo referência jocosa a Álvaro Pires, conhecido como Vreco.
Em outro trecho ele deixa claro que não estava disposto a ouvir opiniões dos subordinados e que gostaria de decidir tudo sozinho. “Caguei para a opinião de vocês, porque eu que mando. Não estou perguntando. Isso aqui não é uma democracia. É a minha decisão”, afirmou.
Além do conteúdo dos áudios, uma servidora contou ao colunista que Pedro Guimarães colocava pimenta no prato dos funcionários, os obrigava a comer e, quanto mais um funcionário passava mal ou chorava, mais ele ria. “Ele é bem sádico. Em toda refeição de trabalho com ele tinha pimenta no prato de alguém”, disse ela, segundo a publicação.
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