O senador afirma que não seria contrário a uma decisão partidária, já que o objetivo é a reeleição do presidente da República
O senador Carlos Viana (PL) admitiu que pode abrir mão da pré-candidatura ao governo de Minas Gerais caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) reavalie o governador Romeu Zema (Novo) como o melhor palanque. A hipótese foi reconhecida, nesta sexta-feira (13), em entrevista à sabatina da Folha de S.Paulo/UOL. Viana afirmou que o princípio da própria pré-candidatura é a reeleição de Bolsonaro à presidência para evitar o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto.
O pré-candidato lembrou que ainda tem quatro anos de mandato como senador, já que foi eleito em 2018. “Para eu ser pré-candidato e expor as minhas ideias, é excepcional. Estou na política há pouco tempo. (A pré-candidatura) Já me coloca em um patamar no Estado em que me sinto muito feliz”, afirmou. “Se o presidente entender, lá na frente, que o caminho é unificar a direita em uma candidatura só, e, pelos números, que o atual governador é o caminho, claro, não vou em momento algum ser contrário a uma decisão partidária”, pontuou.
A primeira rodada da pesquisa DATATEMPO deste ano, divulgada na última terça-feira (10), aponta o governador Romeu Zema( Novo) na dianteira para a corrida ao Palácio Tiradentes, com 43,5% deintenç ões de voto. Viana, por sua vez, está na terceira colocação, com 4,2% das intenções de voto. Quando o senador foi apresentado como o pré-candidato de Bolsonaro, o índice subiu para 18,2%, o que enfraqueceria a base de Zema e, inclusive, provocaria um 2º turno.
Até então pré-candidato ao governo de Minas pelo MDB, Viana migrou para o PL no último dia da janela partidária como uma alternativa para Bolsonaro, como o próprio senador admitiu nesta sexta. “No ano passado, as pesquisas davam uma aprovação muito grande ao atual governador e ao partido, o que foi entendido como sendo uma candidatura que estaria reeleita em qualquer situação. O governador começou então a rejeitar o apoio do presidente Bolsonaro”, afirmou. Apesar de Bolsonaro tratar Zema de “uma maneira muito especial”, de acordo com Viana, não houve reciprocidade do governador. “Como não houve, fui chamado ao Palácio do Planalto e fui convidado a ter o apoio do presidente em Minas Gerais e abrir um novo palanque. (…) Desde que isso aconteceu, o atual governador e o grupo dele estão tentando se reaproximar do Palácio do Planalto”, apontou o pré-candidato.