O ministro Ricardo Lewandowski, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu um prazo de três dias para que a chapa do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresente esclarecimentos sobre o que chamou de “falhas” na prestação de contas da campanha eleitoral deste ano. O despacho foi assinado pelo ministro nesta quinta-feira (24/11).
A determinação do integrante da Corte Eleitoral acontece após a área responsável pela análise das prestações de contas de campanha encontrar irregularidades na documentação apresentada pela chapa, da qual também faz parte o vice-presidente eleito Geraldo Alckimin (PSB). Os valores questionados pelo Tribunal somam R$ 620 mil.
A maior quantia classificada como “irregularidade” pela área técnica do TSE é de R$ 196 mil com impressão de material de campanha, despesa que foi realizada no dia 28 de outubro, dois dias antes do segundo turno das eleições.
Além disso, a equipe do TSE aponta ainda erros na prestação de contas referentes à omissão de R$ 146 mil da nota fiscal emitida por uma empresa que imprime adesivos, R$ 121 mil com impulsionamento de publicações no Facebook, R$ 70 mil usados para impulsionar um anúncio considerado ilegal pelo TSE e R$ 57,5 mil em doações de pessoas físicas para a campanha.
Outros gastos questionados pelo TSE estão relacionados ao pagamento de passagens aéreas e hospedagens, que apareceriam de forma duplicada na prestação de contas. No caso das passagens, o valor seria de R$ 24,1 mil, já nas hospedagens, a quantia seria de R$ 3,8 mil. Ao portal UOL, o PT afirmou que as dúvidas do TSE serão respondidas no processo, no prazo previsto.