Daniel Alves foi absolvido nesta sexta-feira (28) após mais de dois anos sob acusação de abuso sexual. O ex-lateral era investigado por um suposto envolvimento sem consentimento com uma mulher em uma boate em Barcelona e respondia ao processo em liberdade condicional.
A Câmara de Apelações do Tribunal de Justiça da Catalunha decidiu pela absolvição do jogador ao concluir que o depoimento da denunciante não foi suficiente para contrariar a presunção de inocência. O tribunal considerou que as imagens das câmeras de segurança da boate e as mensagens trocadas entre os dois não corroboravam a acusação de relação sexual não consentida.
O julgamento revisou a primeira sentença, que havia condenado Daniel Alves a quatro anos e seis meses de prisão, além de liberdade vigiada por cinco anos e pagamento de quase R$ 1 milhão em indenização. No entanto, o tribunal identificou inconsistências no relato da vítima e na fundamentação da decisão anterior, levando à absolvição do ex-jogador.
Com a decisão, Daniel Alves está livre para deixar a Espanha. Ele havia ficado preso por um ano e dois meses no início das investigações, mas pagou uma fiança de um milhão de euros (mais de R$ 6 milhões) e ganhou o direito de responder em liberdade condicional. A promotoria da vítima, que inicialmente celebrou a condenação, teve seu pedido de aumento da pena negado pelo tribunal.
A defesa do jogador, representada por Inés Guardiola, argumentou que Daniel foi investigado sem ter conhecimento prévio da acusação. A decisão final revoga todas as medidas cautelares impostas anteriormente.