Equipe teve postura bem superior ao do jogo anterior, com os paulistas precisando se contentar em deixar a final pra quem conhece do assunto
Foi com seu uniforme número 3, na cor verde, que o Sada Cruzeiro encheu seu torcedor de esperança em um dos momentos mais importantes da temporada. Fazendo um jogo pra não deixar dúvidas sobre seu merecimento e capacidade, o time celeste, homenageando o Palestra Itália, se garantiu em mais uma final de Superliga. A vitória sobre o Sesi (SP), em São Paulo, por 3 a 0 (25/20, 25/20 e 25/22), nesta sexta-feira, deixa o Cruzeiro a duas vitórias do sétimo título do maior torneio do país. Esta será a nona presença cruzeirense em finais de Superliga, que não teve os mineiros neste momento crucial nas duas últimas temporadas. O oposto Wallace foi eleito o melhor jogador em quadra, saindo do duelo com 15 pontos, um a menos que Darlan, oposto do Sesi.
O retorno da Raposa à final servirá para testar o poder de decisão dos comandados do técnico Filipe Ferraz, que vai fechar uma temporada marcante, a sua primeira como treinador. Depois de ser campeão do Estadual, da Supercopa, do Mundial e do Sul-Americano, chega o momento de ir em busca de uma quinta conquista para abrir seu currículo com chave de ouro.
Na decisão, o adversário será o classificado do confronto entre Fiat Gerdau Minas e Vedacit Guarulhos (SP), que fazem, às 19h deste sábado, o segundo jogo da semifinal, com transmissão do Sportv. O Minas está a uma vitória de nova final, com os paulistas precisando vencer para forçar o terceiro jogo em BH.
Quando tá valendo…
Nem de longe o Cruzeiro passou pelos menos perrengues do jogo de abertura da série. Quando esteve na frente do placar, lá ficou, mostrando propriedade pra não ser incomodado e seguir pressionando os donos da casa. O Sesi não conseguiu sair dos momentos de pressão, sempre correndo atrás do prejuízo diante de um Sada impiedoso e bem aplicado na parte tática. O rendimento paulista caiu muito se comparado com o do confronto em Contagem, com a equipe oscilando e sendo prontamente castigada.
Na questão técnica, o time mostrou lucidez, sem os altos e baixos do jogo anterior. Cachopa trabalhou com o passe na mão em quase a totalidade do jogo, abusando dos centrais, que rodaram bolas com frequências. Nas extremidades, López e Wallace superaram bem as marcações paulistas, que não tiveram vida fácil para neutralizar a dupla.
Pra fechar a conta do jogo quase perfeito, o Cruzeiro teve uma postura defensiva de encher os olhos, com o bloqueio tocando nas bolas e o fundo de quadra jogando muita coisa pra cima pra testar a paciência do Sesi. Encurralado, o time paulista não teve pra onde correr, precisando se conformar com a eliminação na semifinal, deixando a grande decisão para quem entende do assunto.
Escalações:
Sesi: Brasília, Darlan, Éder, Léo, Guiga, Birigui e Pureza. Entraram: PV, Bender. Técnico: Anderson Rodrigues
Sada Cruzeiro: Cachopa, Wallace, Isac, Otávio, López, Rodriguinho e Lukinha. Entraram: Rhendrick, Oppenkoski. Técnico: Filipe Ferraz