Reajuste foi aprovado com apoio de 16 vereadores e passa a valer a partir de 2025; secretários ficaram fora da medida.
Em reunião extraordinária realizada nesta terça-feira (17), a Câmara Municipal de Itabira aprovou um aumento salarial de 25,3% para o prefeito e o vice-prefeito da cidade. Com a decisão, os vencimentos do chefe do Executivo subirão de R$ 26.609,60 para R$ 33.341,83, enquanto a remuneração do vice-prefeito passará de R$ 16.329,60 para R$ 20.460,99, a partir de 2025.
Inicialmente, o projeto também previa reajustes para os secretários municipais, mas a proposta foi alterada antes da votação, e os membros do primeiro escalão permanecerão com os mesmos salários no próximo ano.
Motivação do reajuste
A iniciativa do aumento surgiu após discussões envolvendo os salários de médicos do Programa Saúde da Família (PSF), que enfrentam limitações devido à Lei Orgânica do município. A legislação impede que qualquer servidor público receba um salário superior ao do prefeito, o que tem levado alguns profissionais a devolver mensalmente valores que ultrapassam esse teto, em casos de horas extras e plantões.
A proposta foi incluída às pressas na pauta da última reunião de 2024, recebendo apoio de 16 vereadores. O único voto contrário foi de Weverton Leandro Santos Andrade, conhecido como “Vetão” (Republicanos).
Reajustes anteriores
O último aumento salarial do Executivo municipal ocorreu em 2016, passando a valer em 2017. Naquela ocasião, o reajuste para o prefeito foi de 26%, elevando o salário de R$ 18.739,62 para R$ 23.670. O vice-prefeito recebeu um aumento ainda maior, de 37%, com o vencimento subindo de R$ 9.369,64 para R$ 12,9 mil. Já os secretários municipais tiveram um ganho de 62%, equiparando seus salários ao do vice-prefeito.
Desde então, os salários do Executivo vinham sendo corrigidos apenas pelos índices de inflação.
Impacto e críticas
O reajuste aprovado agora levanta discussões sobre sua oportunidade e impacto financeiro para o município. Apesar de a medida aliviar questões envolvendo o teto salarial, críticos apontam que aumentos significativos em cargos do Executivo podem gerar insatisfação em outros setores do funcionalismo público, que seguem sem reajustes expressivos.
O novo valor entra em vigor no início do mandato de 2025, seguindo as determinações da Câmara Municipal.