Após denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, a professora Isabel Rodrigues, de Santo André (SP), divulgou um vídeo nesta sexta-feira (6) em que afirma ter sido vítima do ministro. Segundo Isabel, o incidente ocorreu em agosto de 2019 durante um almoço, onde ela teria sofrido violência sexual por parte de Almeida.
Isabel relatou que a experiência foi tema de suas sessões de terapia e conversas com familiares, mas que ela hesitou em denunciar por medo de represálias, devido ao conhecimento legal de Silvio Almeida. Ela decidiu se manifestar publicamente após ver que outras mulheres que denunciaram o ministro estavam sendo desacreditadas.
A acusação de Isabel se junta a outras que vieram à tona recentemente, e foram confirmadas pela organização Me Too Brasil, que acolhe vítimas de assédio sexual. As denúncias foram inicialmente divulgadas pelo colunista Guilherme Amado, e uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A identidade das vítimas, no entanto, foi mantida em sigilo.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República reconheceu a gravidade das acusações e assegurou que o caso está sendo tratado com a seriedade necessária. O ministro Silvio Almeida, por sua vez, negou as acusações, classificando-as como “mentiras” e “ilações absurdas” com o objetivo de prejudicá-lo.
O futuro de Silvio Almeida no governo será decidido pelo presidente Lula, que se reunirá com autoridades para discutir o caso. O presidente já declarou que, se confirmadas, as denúncias impedirão a continuidade do ministro no governo, mas ressaltou que o direito à defesa e a presunção de inocência devem ser respeitados.
A primeira-dama, Janja, também se manifestou de forma simbólica ao postar uma foto com a ministra Anielle Franco, reforçando a união entre as mulheres diante das denúncias.