Prefeitura solicita demolição de casarão em risco de desabamento no Centro de Itabira

A Prefeitura de Itabira entrou com um pedido na Justiça para demolir o casarão número 194, na rua Tiradentes, no Centro da cidade. O imóvel fica em uma área histórica, ao lado do Banco do Brasil, e corre o risco de desabar por causa de uma obra irregular de movimentação de terra em um terreno próximo, na avenida Daniel Jardim de Grisolia. Essa obra foi feita sem autorização e está interditada desde janeiro de 2024.

O pedido da prefeitura se baseia em três laudos técnicos feitos por diferentes órgãos, incluindo o Ministério Público de Minas Gerais e a Defesa Civil, que confirmam o perigo de desabamento e o estado crítico do casarão.

“A demolição controlada é a solução mais segura para evitar danos aos imóveis vizinhos e proteger lojistas, moradores e pedestres”, informou a prefeitura em nota oficial. Além disso, o governo municipal já planeja desapropriar o terreno para impedir usos futuros que não respeitem as regras do Centro Histórico.

Desmoronamento causa nova evacuação

Na segunda-feira, parte das paredes do casarão desmoronou, o que levou a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros a evacuarem novamente os moradores e lojistas do prédio vizinho. Por segurança, a Transita interditou mais uma vez o trecho da avenida Daniel Jardim de Grisolia, entre a antiga agência da Caixa Econômica e a praça Nico Rosa.

Entenda o caso

Tudo começou em janeiro do ano passado, quando uma obra irregular de desaterro ameaçou a estrutura da então agência da Caixa e outros imóveis próximos. O lote foi interditado pela prefeitura, e as duas agências bancárias também tiveram que suspender suas atividades.

A Caixa Econômica mudou de endereço e agora funciona na rua Sizenando de Barros. Já o Banco do Brasil, após garantir a segurança do prédio, retomou o atendimento, mas está preparando uma nova agência na avenida Carlos Drummond de Andrade.

Com as fortes chuvas recentes, o risco aumentou. O terreno voltou a deslizar, deixando o casarão na rua Tiradentes ainda mais próximo do colapso. Por isso, o Banco do Brasil foi novamente interditado, assim como o prédio vizinho com lojas e apartamentos.

Agora, a cidade aguarda uma decisão da Justiça sobre a demolição para garantir a segurança de todos.

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