Uma policial civil de 40 anos foi detida na última sexta-feira (9 de agosto) em Belo Horizonte, suspeita de ter atropelado intencionalmente um agente da Polícia Penal na avenida Augusto de Lima, na região Centro-Sul da cidade.
De acordo com o boletim de ocorrência, a policial estava dirigindo um Volkswagen Voyage, enquanto o agente da Polícia Penal, de 33 anos, pilotava uma moto Yamaha à sua frente. A vítima relatou que a condutora estava acelerando de forma insistente e “estranha”, o que a fez suspeitar de uma possível perseguição. Em resposta, o policial penal tentou acelerar para se afastar.
Apesar da tentativa de fuga, ambos voltaram a se encontrar mais à frente na avenida. Segundo o agente, ele sentiu um impacto na traseira da moto e foi arremessado ao solo. A policial civil, então, teria continuado a acelerar, mesmo com a moto presa ao para-choque do carro, arrastando o veículo e o motociclista pelo asfalto. O policial penal acredita que a mulher só parou ao perceber que a arma dele havia caído no chão.
Defesa da policial civil
A Polícia Militar registrou no boletim de ocorrência que a policial civil se identificou ao descer do carro e teria afirmado que, para ela, o incidente “não dava em nada”. No entanto, ao prestar depoimento, a policial alegou que o motociclista a estava provocando, bloqueando sua passagem e desacelerando propositalmente, o que a teria levado a derrubá-lo da moto.
A policial civil foi detida e levada à delegacia, onde foi “ouvida pela autoridade policial e, em seguida, liberada”, conforme informou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Condição do policial penal
O agente da Polícia Penal foi socorrido com suspeita de fratura na perna esquerda e seu armamento foi entregue à Polícia Penal. O veículo da policial civil foi apreendido e a ocorrência encaminhada à Polícia Civil. A PCMG afirmou que está tomando todas as medidas necessárias para esclarecer o caso. A perícia oficial esteve no local e coletou os primeiros indícios que subsidiarão a investigação.