Polícia Federal realiza operação contra deputado por fraude e corrupção

Uma operação da Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (14) investiga o deputado estadual Thiago Rangel (PMB) do Rio de Janeiro, que é alvo de suspeitas de fraudes em licitações, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Ao todo, 14 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em locais relacionados ao político, incluindo residências, edifícios comerciais e quatro prédios públicos em Campos dos Goytacazes e na cidade do Rio de Janeiro.

A investigação teve início em setembro, após a prisão do braço-direito de uma quadrilha envolvida em um esquema de fraudes em licitações. O inquérito da PF revelou que empresas associadas a Rangel eram contratadas sem a realização de licitações, resultando no desvio de recursos públicos. O dinheiro obtido de forma ilegal estaria sendo lavado por meio de uma rede de postos de combustíveis, que também pertencem ao deputado.

Denominada “Operação Postos de Midas”, a ação faz alusão ao Rei Midas da mitologia grega, famoso por transformar tudo o que tocava em ouro. A escolha do nome refere-se à rápida expansão do patrimônio de Thiago Rangel desde que iniciou sua carreira política. Quando se elegeu vereador em Campos dos Goytacazes em 2020, ele tinha um patrimônio de R$ 224 mil, dividido entre dois veículos, uma moto aquática e uma participação de R$ 60 mil em um posto de gasolina.

Dois anos depois, ao concorrer ao cargo de deputado estadual, Rangel declarou um patrimônio 780% maior, totalizando R$ 1,9 milhão. Esse montante era distribuído entre 18 postos de combustíveis e 12 empresas, todas identificadas na investigação.