A Polícia Federal está investigando quem acessou o X (antigo Twitter) no Brasil após a plataforma ter sido suspensa por ordem do ministro Alexandre de Moraes em 30 de agosto. O dono da rede social, Elon Musk, optou por não nomear um representante legal no país, descumprindo uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na segunda-feira (16), a investigação foi iniciada depois de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão de Moraes incluía uma multa diária de R$ 50 mil para quem utilizasse métodos tecnológicos para burlar o bloqueio e acessar o X.
Mesmo com a suspensão, alguns usuários brasileiros conseguiram acessar a plataforma, o que levou Moraes a aumentar a multa para R$ 5 milhões diários, alegando que mudanças no sistema do X permitiram o acesso involuntário ao site.
O X explicou que o problema foi causado por uma alteração no provedor de rede, e que a restauração do serviço para usuários brasileiros foi acidental. A empresa utilizou a Cloudflare, uma plataforma que muda os endereços de IP constantemente, dificultando o bloqueio. A Anatel afirmou que o comportamento do X demonstra uma intenção deliberada de descumprir a decisão do STF e que tomará medidas adicionais, se necessário.
O caso ainda está em desenvolvimento, com a Anatel e as operadoras de telecomunicações trabalhando juntas para assegurar o cumprimento da ordem judicial e o bloqueio da plataforma.