A Polícia Federal informou nesta terça-feira (10/01) que, por “questões humanitárias”, liberou 599 pessoas que haviam sido detidas no domingo (08) nos atos que resultaram na invasão e depredação de parte das instalações do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). A PF também divulgou que outros 527 investigados permanecem presos.
Em nota, a corporação esclareceu o grupo liberado é composto de “idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças”. Também indicou que “todos estão recebendo alimentação regular, café da manhã, almoço, lanche e jantar, hidratação e atendimento médico quando necessário”.
A Seccional no Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil esteve no ginásio para onde os detidos foram encaminhados e relatou que, segundo o delegado-chefe da Polícia Federal Rodrigo Teixeira, os liberados tiveram “transporte assegurado até a rodoviária, com ônibus à disposição delas”.
Ao todo, 1,5 mil manifestantes foram detidos e conduzidos para a Academia Nacional de Polícia, em Brasília, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. No despacho, o magistrado ordenou a dissolução e prisão em flagrante de todos os acampados em frente ao Quartel General do Exército em Brasília.
Os detidos foram encaminhados à Academia Nacional de Policia em razão do espaço necessário para realização de todos os procedimentos de polícia judiciária. Após os trâmites, os presos são apresentados à Polícia Civil do DF, responsável por encaminhar os detidos ao Instituto Médico Legal e, depois, ao sistema prisional.
– Os procedimentos estão sendo acompanhados, ininterruptamente, pela Ordem dos Advogados do Brasil, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Saúde do DF, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Defensoria Pública da União – informou a PF.