PCMG indicia suspeito por estupro de jovem na capital

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, na sexta-feira (23/8), a investigação que apurou o estupro de uma jovem, de 19 anos, em Belo Horizonte, com o indiciamento do suspeito, de 26 anos, preso em flagrante no bairro Santo Antônio, na capital. Os fatos ocorreram em 15 de agosto de 2024, quando o homem se passou por motorista de transporte de aplicativo e ofereceu a corrida para a vítima na Praça Sete, região Central de Belo Horizonte. A PCMG também requereu a prisão preventiva do investigado, que foi deferida pelo Poder Judiciário.

A investigação é da Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual (DECVS), que integra a Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância (Demid) do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam).

A chefe do Defam, delegada-geral Carolina Bechelany, destacou a conclusão de mais um trabalho da PCMG em um mês emblemático, que é o Agosto Lilás. “Hoje, especificamente, no Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, em que equipe da PCMG participa de uma ação educativa na Praça Sete, local em que a menina foi enganada e acabou sendo vítima, concluímos uma investigação que é resultado da atuação das equipes das especializadas do plantão e de combate à violência sexual com todas as providências adotadas”, ressaltou.

Sobre a ação realizada na Praça Sete, no Centro da capital, a chefe da Demid, delegada Danúbia Quadros, considerou o envolvimento dos órgãos de segurança pública e integrantes da rede de proteção. “A ação de conscientização é promovida pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e integra a operação Shamar, desencadeada neste mês de agosto, levando mais uma vez ao conhecimento das mulheres as formas de violência e como denunciar, colocando toda a rede de proteção à disposição dessas mulheres vítimas de violência doméstica.

Em relação à investigação, a delegada Larissa Mascotte, que presidiu o inquérito policial, explicou que o suspeito usou o fato de ser motorista de aplicativo para enganar a vítima. “Essa vítima procurou a Polícia Militar, na data do fato, e relatou que havia sido estuprada por um homem que se passou por motorista de aplicativo. E na verdade, ele é motorista, está cadastrado pelo menos em três empresas de aplicativo de transporte, e usou desse fato para ludibriar a menina que estava vendendo bala nas proximidades da Praça Sete”, informou Mascotte.

Segundo a delegada, a vítima acreditou no agressor, pois ele se colocou como motorista, oferecendo uma corrida, e disse que não precisava se preocupar com o valor porque negociavam com o que ela tinha. “A menina acabou aceitando a corrida pedindo para que ele a deixasse próximo ao ponto de ônibus para ela ir para a casa dela. Porém, chegando ao local, ele trancou as portas do veículo, a conduziu para um local afastado, ordenou que tirasse a roupa, usando uma faca, e consumou o estupro”, detalhou a delegada.

O crime ocorreu na região do bairro Taquaril, região Leste de BH, e no mesmo dia o suspeito foi preso na residência dele, no bairro Santo Antônio, na capital. Ainda, de acordo com a delegada, “o veículo foi localizado e apreendido em Nova Lima, estava com um conhecido do investigado.Também na data dos fatos, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do suspeito, que foi deferida pela justiça local em audiência de custódia e hoje foi concluída a investigação com indiciamento do suspeito pelo artigo 213 do Código Penal, que é o crime de estupro”, destacou Mascotte.

Pelos levantamentos da Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual, o homem tem registro policial anterior de estupro. “Ele tem duas passagens policiais e existe um inquérito que está em tramitação na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente em que uma vítima de 14 anos relata um crime com o mesmo modo de execução, ela também teria sido abordada na Praça Sete e ele também teria a levado em um local ermo e consumado o estupro de vulnerável”, concluiu Mascotte.