A Starlink, empresa de internet por satélite de Elon Musk, cumpriu nesta quinta-feira (5) a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para bloquear o acesso à rede social X, também de propriedade de Musk. A decisão foi confirmada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no início da tarde.
Inicialmente, a Starlink havia informado à Anatel que não acataria a decisão do ministro Alexandre de Moraes, e, até quarta-feira (4), a rede social ainda estava acessível para seus clientes. A empresa chegou a condicionar o bloqueio ao desbloqueio de suas contas bancárias, congeladas por ordem do STF. No entanto, a Starlink recuou e, na noite de quarta-feira, confirmou ter iniciado o bloqueio da plataforma para seus 224 mil usuários no Brasil.
“Independentemente do tratamento ilegal dado à Starlink no congelamento de nossos ativos, estamos cumprindo a ordem de bloquear o acesso ao X no Brasil”, declarou a empresa em uma publicação no X, em inglês.
A Starlink foi a última operadora a cumprir a decisão judicial. O X foi bloqueado na sexta-feira (30), quando operadoras de telefonia e provedores de internet começaram a executar a ordem. No sábado (31), usuários já não conseguiam mais acessar o site ou o aplicativo da rede social.
O bloqueio das contas da Starlink, no valor de R$ 2 milhões, foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes na quinta-feira passada (29). A medida visa garantir o pagamento das multas impostas ao X, que não nomeou um representante legal no Brasil, descumprindo uma ordem judicial. Moraes incluiu a Starlink na decisão por considerá-la parte do “grupo econômico” controlado por Elon Musk no país.