BRASÍLIA – O Ministério Público Eleitoral (MPE) anunciou a abertura de uma investigação para apurar as circunstâncias da agressão cometida por José Luiz Datena (PSDB) contra Pablo Marçal (PRTB) no debate da TV Cultura, realizado no último domingo (15). Datena atacou Marçal com o uso de uma cadeira durante o confronto entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo.
Em nota, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) expressou sua “veemente reprovação” às cenas exibidas no debate, ressaltando a falta de “urbanidade e lhaneza” no comportamento dos candidatos. O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira Costa, destacou que o episódio representou uma oportunidade desperdiçada para discutir ideias e prestar esclarecimentos aos eleitores da capital, que irão às urnas em 6 de outubro.
“Perplexa, a população paulistana, cujos direitos compete ao Ministério Público resguardar, conforme estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 127, espera que, daqui em diante, o processo eleitoral siga da forma mais tranquila possível, limitando-se os embates ao campo das ideias, como deve ser”, afirmou o MPSP em comunicado.
O procurador-geral garantiu que o MPE, por meio dos promotores da Justiça Eleitoral, adotará “as medidas cabíveis para garantir a lisura do pleito”, reprimindo qualquer comportamento que ameace a democracia.
Um dia após o incidente, Pablo Marçal anunciou que acionará a Justiça Eleitoral, solicitando a cassação da candidatura de Datena. Por sua vez, o candidato do PSDB reconheceu o erro, mas afirmou que não se arrepende da agressão, justificando que Marçal teria feito ataques, acusações e ofensas a ele e aos demais concorrentes.
O episódio levanta preocupações sobre o clima da campanha eleitoral e a condução dos debates futuros.