No último sábado (20 de abril), ocorreu um evento surpreendente no Paraguai, onde um bebê recém-nascido, dado como morto, acabou acordando durante seu próprio velório. A menina, nascida prematuramente com apenas 26 semanas de gestação e pesando 400 gramas, sofreu uma parada cardiorrespiratória após uma semana de internação na UTI do hospital.
O incidente ocorreu na ‘Ciudad del Este’, e de acordo com a imprensa local, a criança foi entregue aos pais com uma certidão de óbito, mas surpreendentemente mexeu a cabeça durante seu próprio funeral e foi levada de volta ao hospital.
“Quando fomos ver, seu coração ainda estava batendo”, relatou o pai, Ignacio Medina, em entrevista ao jornal paraguaio Telefuturo.
A bebê foi carinhosamente batizada de ‘Milagre de Jesus’ em homenagem ao seu retorno à vida. Desde então, ela recebeu cuidados médicos intensivos, sob a supervisão do diretor do Hospital Regional da Ciudad del Este. No entanto, mesmo com todos os esforços médicos, seu estado de saúde permaneceu grave, e ela foi mantida em um respirador dentro de uma incubadora.
No dia anterior à sua morte, Milagres experimentou uma diminuição nos batimentos cardíacos, e no sábado (20), apesar dos esforços de reanimação cardiopulmonar por 20 minutos, ela faleceu.
Em uma entrevista ao jornal paraguaio ABC Nacional, Pablo Lemir, médico legista do Ministério Público do Paraguai, explicou que o caso do “ressurgimento” do bebê é raro e conhecido como “síndrome da morte aparente”.
“Na síndrome da morte aparente, não há batimentos cardíacos, não há respiração, o corpo fica flácido, pálido, adquire uma coloração azulada ou violeta e normalmente se resolve de forma espontânea e inexplicável”, esclareceu o especialista.
O fato de o bebê ser prematuro também contribuiu para o diagnóstico precipitado de morte.
“Com apenas 26 semanas de gestação e esse peso, os pulmões não estão preparados para funcionar fora do útero, e o sistema nervoso ainda não está adequadamente desenvolvido. Portanto, mesmo que o bebê nasça aparentemente bem, ele pode parecer quase sem sinais vitais”, concluiu o médico.