Na madrugada deste sábado (29), faleceu em Recife o escritor, advogado e acadêmico Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça, aos 85 anos. Ele estava internado em uma clínica na capital pernambucana, segundo informou a Academia Brasileira de Letras (ABL), instituição da qual era membro e ex-presidente.
Nascido em 1939, em Nazaré da Mata, na Zona da Mata de Pernambuco, Vilaça teve uma trajetória marcada pela atuação no direito, na literatura e na administração pública. Lecionou direito público internacional na Universidade Católica e ocupou cargos de relevância, como ministro e presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).
Autor de obras como Nordeste: Secos & Molhados (1972) e Recife Azul, Líquido do Céu (1972), também coescreveu com Roberto Cavalcanti o livro Coronel, Coronéis: Apogeu e Declínio do Coronelismo no Nordeste (1965), considerado um clássico sobre o tema.
Sua trajetória literária o levou à Academia Pernambucana de Letras em 1965 e, posteriormente, à ABL, onde ocupou a cadeira 26 a partir de 1985 e exerceu a presidência por quatro anos. No final dos anos 1980, foi indicado ao TCU pelo então presidente José Sarney. Também integrou o Conselho Federal de Cultura e presidiu a Funarte e a Pró-Memória.
O corpo de Marcos Vilaça será cremado em Recife, e suas cinzas serão lançadas ao mar na praia de Boa Viagem, seguindo o desejo manifestado em vida, assim como foi feito com as cinzas de sua esposa, Maria do Carmo.