Em uma recente entrevista ao jornal O Tempo, o prefeito Marco Antônio Lage (PSB) destacou a faculdade de medicina como uma solução para a diversificação econômica de Itabira no pós-mineração. No entanto, ele omitiu um importante recurso que poderia contribuir significativamente para o desenvolvimento econômico da cidade: a Universidade Federal de Itajubá (Unifei).
O plano de Marco Antônio, chamado Itabira Sustentável, é uma atualização do Plano de Desenvolvimento Sustentável lançado em 2021, que enfrentou dificuldades para ser implementado. Em sua fala, o prefeito mencionou a faculdade de medicina da Unifuncesi como um exemplo positivo do plano. Contudo, ele não abordou a relevância da Unifei, que já possui um campus em Itabira desde 2008 e que poderia ter um papel crucial no desenvolvimento econômico da cidade.
A faculdade de medicina da Unifuncesi, embora relevante, é uma opção acessível a poucos devido à mensalidade superior a R$ 10 mil. Marco Antônio falou sobre a possibilidade de transformar Itabira em um polo médico e de saúde pública, mas ignorou que a Unifei já contribui de maneira significativa para a economia local, empregando centenas de pessoas e atendendo a uma grande quantidade de alunos.
O projeto da Unifei conta com um financiamento de mais de R$ 100 milhões pela Vale, mas as obras estão longe de serem concluídas, e o projeto está estagnado. Apesar das promessas de 2020 de entregar novos prédios e aumentar o número de alunos, a realidade atual ainda é a de apenas dois mil alunos.
A omissão de Marco Antônio sobre a Unifei levanta questões sobre a real intenção do plano de diversificação econômica e se ele está realmente comprometido com o desenvolvimento sustentável e inclusivo para Itabira.