O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez ameaças contra Israel e os Estados Unidos neste sábado, 2, prometendo uma “resposta esmagadora” aos ataques recentes ao Irã e seus aliados.
Khamenei se uniu a outras autoridades iranianas que afirmam considerar um novo ataque contra Israel, em resposta ao ataque de 26 de outubro, que atingiu bases militares e outros locais no Irã, resultando na morte de pelo menos cinco pessoas.
“Os inimigos, seja o regime sionista ou os Estados Unidos, certamente receberão uma resposta esmagadora ao que estão fazendo ao Irã, à nação iraniana e à frente de resistência”, declarou Khamenei em um vídeo divulgado pela mídia estatal iraniana.
Apesar da promessa de retaliação, Khamenei, de 85 anos, não deu detalhes sobre a data ou o alcance da resposta. Em declarações anteriores, ele havia adotado um tom mais cauteloso, sugerindo que o Irã avaliaria sua resposta cuidadosamente, sem exagerar nem subestimar o ataque israelense. O Irã já lançou dois ataques diretos contra Israel este ano, em abril e outubro.
Os aliados do Irã, chamados de “Eixo da Resistência” por Teerã, incluindo grupos como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, na Faixa de Gaza, foram significativamente atingidos pelos ataques israelenses contínuos.
O general Mohammad Ali Naini, porta-voz da Guarda Revolucionária do Irã, também fez declarações antes da fala de Khamenei, afirmando que a resposta do Irã “será sábia, poderosa e além da compreensão do inimigo”.
Khamenei se reuniu no sábado (2) com estudantes universitários para marcar o Dia dos Estudantes, que celebra um episódio de 4 de novembro de 1979, quando soldados iranianos abriram fogo contra estudantes que protestavam contra o xá Reza Pahlevi na Universidade de Teerã, resultando em mortos e feridos e intensificando as tensões que culminaram na Revolução Islâmica. A multidão presente ofereceu uma calorosa recepção ao líder, gritando: “O sangue em nossas veias é um presente para nosso líder!”
Neste domingo, 3, o Irã celebrará o 45º aniversário da crise dos reféns da Embaixada dos EUA, quando estudantes islâmicos invadiram a embaixada em 4 de novembro de 1979, iniciando uma crise de 444 dias que estabeleceu uma longa história de tensões entre Teerã e Washington.