A mulher de 54 anos e seus quatro filhos, com idades de 19, 25, 26 e 35 anos, permanecerão presos sob suspeita de envolvimento no assassinato e ocultação do corpo de Magna Laurinda Ferreira Pimentel, de 42 anos. A decisão de manter a prisão dos suspeitos foi tomada durante audiência de custódia na Central de Audiência de Custódia, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (29). Os detidos foram levados para o sistema penitenciário após serem ouvidos separadamente.
Resumo do Caso
Magna Laurinda Ferreira Pimentel foi assassinada e seu corpo jogado em uma cisterna na casa de seu pai, no bairro Candelária, em Venda Nova, Belo Horizonte. A Polícia Civil revelou que a vítima foi atraída para uma emboscada por sua madrasta e seus filhos. A madrasta, de 54 anos, é suspeita de encomendar o crime por motivos financeiros. A vítima foi chamada à casa do pai para discutir o ressarcimento de um empréstimo de R$ 40 mil, feito em nome do idoso, que sofre de demência.
Desenvolvimento do Crime
De acordo com o delegado Alexandre da Fonseca, a madrasta planejou o assassinato com a ajuda dos quatro filhos. Após uma discussão, o filho mais velho atacou Magna com facadas e possivelmente com uma machadinha. O corpo foi então colocado na cisterna, que foi selada com argamassa.
Investigações e Provas
A Polícia Civil usou informações digitais para rastrear o paradeiro de Magna. O celular da vítima indicou que ela chegou à casa do pai usando um motorista de aplicativo, e as câmeras de segurança mostraram que ela entrou no imóvel e não saiu mais. Após o corpo ser encontrado, os familiares inicialmente alegaram desconhecimento do paradeiro da vítima, mas depois mostraram um comportamento suspeito, incluindo a realização de um churrasco dois dias após o desaparecimento.
Prisões e Acusações
A madrasta e três filhos — o executor, de 35 anos, e dois participantes da emboscada, de 19 e 25 anos — foram presos e podem responder por homicídio qualificado. O quarto filho, de 26 anos, está preso por ocultação e destruição de cadáver. A nora da madrasta foi conduzida, mas liberada devido à falta de evidências suficientes sobre seu envolvimento direto no crime.
A investigação continua para esclarecer o tratamento do idoso e outras possíveis conexões com o tráfico de drogas envolvendo a família.