A Justiça Eleitoral determinou neste sábado (24) a suspensão temporária dos perfis de redes sociais do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). A decisão afeta as contas de Marçal no Instagram, TikTok, Facebook e X (antigo Twitter), além de seu site oficial. A suspensão permanecerá em vigor até o final das eleições, em outubro.
A ordem, concedida em caráter liminar pelo juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, foi resultado de um pedido do PSB. O partido, que tem Tabata Amaral como candidata à prefeitura de São Paulo, acusou Marçal de abuso econômico, alegando que ele estaria monetizando seus conteúdos fora das regras eleitorais.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo confirmou a decisão. O juiz esclareceu que a suspensão se aplica apenas aos perfis que estavam gerando renda por meio de terceiros, não à criação de perfis para propaganda eleitoral.
Além disso, o juiz proibiu Marçal de pagar pessoas para editar e divulgar trechos de seus vídeos, vinculando esse material à sua campanha até o final das eleições. Também foi determinada a suspensão imediata das atividades do candidato na plataforma Discord para impedir a remuneração relacionada.
Caso descumpra a ordem, Marçal enfrentará uma multa diária de R$ 100 mil. Ele tem cinco dias para apresentar sua defesa. Em resposta, Marçal afirmou em seu Instagram que a decisão é uma tentativa de impedi-lo de vencer a eleição, classificando a ação como um esforço do “sistema” para derrubar suas redes sociais.
O PSB acusou Marçal de desenvolver uma estratégia para cooptar colaboradores que disseminavam seus conteúdos em redes sociais e plataformas de streaming, com um caráter considerado ilícito e abusivo. Segundo o partido, Marçal estaria remunerando pessoas por meio de um aplicativo, dependendo do número de visualizações dos vídeos, o que teria gerado um esquema de pagamento “por fora” das regras eleitorais, dificultando a fiscalização dos gastos pela Justiça Eleitoral.