Um homem de 26 anos foi preso nesta segunda-feira, 8 de julho, após estar foragido pelo assassinato de sua mãe, Márcia Lanzane, de 44 anos, ocorrido em 2020 em Guarujá, litoral de São Paulo. O suspeito, Bruno Eustáquio Vieira, estava escondido em um apartamento no bairro Caiçara, em Belo Horizonte, e foi capturado pela Polícia Militar (PM) após ser denunciado pelas próprias tias, irmãs da vítima.
Segundo a PM mineira, Vieira usava um nome falso e vivia há cerca de dois anos no bairro da capital mineira, após passar por Curitiba, no Paraná, e pelo interior de São Paulo. A prisão ocorreu após as tias do suspeito procurarem a polícia.
No bairro de BH, os vizinhos consideravam o homem uma boa pessoa e desconheciam seu passado e sua condição de foragido há três anos.
O crime aconteceu em 21 de dezembro de 2020 e foi registrado por uma câmera de segurança da casa da família. Nas imagens, uma discussão entre mãe e filho é vista, seguida por Vieira enforcando e agredindo a mãe na cabeça até a morte.
Após o assassinato, Vieira levantou-se e foi assistir televisão, como constatado pelas filmagens encontradas pela Polícia Civil, que o indiciou. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontou que Márcia Lanzane foi morta pelo filho por interesse na herança que receberia dela.
Para chegar a essa conclusão, depoimentos de oito pessoas, entre amigos e familiares da vítima, foram colhidos. Todos relataram uma mudança repentina no comportamento do filho após ele decidir cursar medicina. O MPSP destacou que o jovem passou a sair com pessoas de alto poder aquisitivo e frequentar festas e restaurantes luxuosos, e seus pedidos para que a mãe arcasse com seus gastos eram motivos de constantes brigas entre os dois.