Débora Silveira Vilaça, de 58 anos, foi assassinada a facadas em seu apartamento no bairro Silveira, em Belo Horizonte, na tarde de quinta-feira (31). O autor do crime é seu filho, João Victor Silveira Vilaça, de 23 anos, que foi preso enquanto bebia em um bar. Débora era natural de Itabira, conforme informava em suas redes sociais.
João Victor admitiu ter ido até o apartamento da mãe com a intenção de pegar o carro emprestado. Ao ser negado, ele a esfaqueou. Após o crime, roubou duas televisões e os cartões bancários da mãe, e fugiu no carro dela, um Peugeot 207. Durante a prisão, ele confessou ser usuário de drogas e disse ter trocado uma das TVs por entorpecentes, além de ter descartado o cartão bancário da mãe.
A perícia da Polícia Civil constatou ferimentos no rosto, pescoço e peito de Débora, provocados por uma faca que foi apreendida no local. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para mais exames. A irmã de Débora, preocupada pelo fato de a vítima não ter comparecido a um salão de beleza próximo ao prédio, foi até o apartamento e encontrou a irmã morta na sala de televisão. A faca usada no crime estava sobre a pia da cozinha. Segundo a perícia, Débora já estava morta havia cerca de 12 horas.
Em entrevista à rádio Itatiaia, João Victor declarou estar arrependido e refletiu sobre sua trajetória, marcada pelo vício em cocaína nos últimos dois anos, quando trabalhava como motorista de aplicativo. “A cocaína destrói qualquer pessoa e eu não desejo isso para ninguém. Essa vida te leva para o caixão ou para a cadeia. Eu quero cumprir minha pena como um homem, porque fui um covarde”, desabafou o jovem.