Investigado por homicídio da namorada é indiciado pela PCMG

As investigações sobre a morte de uma mulher de 21 anos, ocorrida na capital mineira, resultaram no indiciamento de um jovem, de 18 anos, com quem a vítima mantinha um relacionamento amoroso. O suspeito, preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) no último dia 9 de agosto, foi indiciado por feminicídio.

O corpo da vítima, que é mulher transexual, foi encontrado por amigos do suspeito, no dia 19 de abril deste ano, dentro da casa em que a jovem morava, no bairro Caiçara. Ela estava debaixo do chuveiro, envolta em uma poça de sangue e com marcas de facada pelo corpo.

“Trata-se de uma menina de classe média, que veio de Campo Belo para a capital mineira fazer faculdade de Odontologia. O suspeito circulava muito nas proximidades de onde a vítima morava, facilitando a aproximação dos dois, que iniciaram um relacionamento amoroso”, contou o delegado que coordenou as investigações, Lucas Nunes.

Dinâmica do crime

Conforme explicou Nunes, no dia dos fatos, a mulher teria recebido a visita de adolescentes residentes em um abrigo da cidade, o mesmo em que morou o namorado até os 18 anos, para uma confraternização. O crime teria ocorrido quando o grupo saiu do imóvel.

Testemunhas afirmaram que, por volta das 18h, ouviram o barulho de um chuveiro ligado na casa da vítima, seguido de uma discussão. Mais tarde, cerca de uma hora depois, os adolescentes retornaram à residência da vítima, encontrando-a já sem vida.

O delegado contou que o local apresentava sinais de luta corporal, com móveis fora do lugar e manchas de sangue espalhadas. A vítima tinha feridas de defesa nas mãos, indicando que ela tentou se proteger durante o ataque.

Investigação

Testemunhas relataram à PCMG terem visto o suspeito no dia do crime com um comportamento agitado e estranho, portando duas facas. Ele também estava com marcas de arranhões no pescoço e com cabelo molhado, o que condizia com o relato sobre o chuveiro ligado na casa da vítima.

“As testemunhas também indicaram o comportamento violento do suspeito, juntamente com ameaças prévias contra moradores do abrigo e sua tentativa de fugir do bairro após o crime”, contou Nunes.

O investigado confessou que matou a namorada com quatro facadas, mas alegou que agiu em autodefesa, por ela supostamente ter tido um surto.