O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, faleceu nesta quarta-feira (26 de março), aos 77 anos. Ele estava internado no Hospital Mater Dei desde o dia 3 de janeiro. Na manhã do mesmo dia, um boletim médico já havia informado sobre seu estado de saúde crítico, após uma parada cardiorrespiratória ocorrida na noite anterior. Apesar dos esforços médicos, seu quadro evoluiu para um choque cardiogênico, demandando doses elevadas de medicamentos.
Fuad deixa a esposa, Mônica Drummond, dois filhos, Paulo Henrique e Gustavo, três irmãos e quatro netos.
Antes de ingressar na política, Fuad serviu ao Exército Brasileiro por 11 anos e se formou em Economia, participando da formulação do Plano Real na década de 1990. Além disso, publicou três livros: “O Amargo e o Doce” (2017), “Cobiça” (2020) e “Marcas do Passado” (2022).
Sua trajetória política teve início com cargos técnicos nos governos federal e estadual, culminando em sua nomeação como secretário municipal de Fazenda em 2017, durante a gestão de Alexandre Kalil. Em 2020, foi eleito vice-prefeito e assumiu a prefeitura em 2022 após a renúncia de Kalil.
Em julho de 2024, Fuad anunciou o diagnóstico de um linfoma não-Hodgkin e iniciou tratamento com quimioterapia, conciliando a campanha eleitoral com os cuidados médicos. Mesmo enfrentando desafios de saúde, foi reeleito com 53,73% dos votos válidos. No entanto, em janeiro de 2025, precisou se licenciar após novas complicações médicas, incluindo pneumonia, neuropatia periférica e insuficiência respiratória.
Nos últimos meses, seu estado de saúde se agravou, exigindo internações frequentes e cuidados intensivos. Em janeiro, foi submetido a uma traqueostomia e permaneceu em tratamento contínuo. Apesar de apresentar melhoras pontuais, sua condição geral se manteve delicada até o falecimento.
Fuad Noman deixa um legado de contribuição para a economia e política de Belo Horizonte, sendo lembrado por sua dedicação à gestão pública e à cidade.