O Exército iniciou, nesta segunda-feira (5 de agosto), um processo administrativo para investigar o atropelamento de um policial civil, de 47 anos, por um tenente da corporação, de 25 anos, na Via Expressa, no bairro Vila Oeste, região Oeste de Belo Horizonte. O tenente foi detido, ouvido na delegacia, e posteriormente liberado.
Segundo a Polícia Civil, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o militar por lesão corporal culposa. Após assinar o TCO, o tenente foi liberado, comprometendo-se a comparecer a uma audiência no Juizado Especial Criminal para as devidas medidas legais.
O atropelamento ocorreu enquanto equipes da Polícia Civil realizavam uma abordagem na Via Expressa. De acordo com o boletim de ocorrência, um carro modelo Uno apareceu repentinamente e atingiu o agente, arremessando-o cerca de 20 metros, até bater na mureta da via.
Após o acidente, o tenente admitiu ter ingerido bebida alcoólica anteriormente, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. O militar parou o veículo para prestar socorro, alegando que, ao ver uma pessoa sinalizando na via, pensou tratar-se de alguém pedindo carona. Ele também afirmou que tentou desviar de um triângulo de sinalização, passando para a faixa central, mas acabou atingindo o policial civil. Foi então alertado por sua esposa de que havia atropelado uma pessoa, momento em que parou o carro.
O policial civil foi socorrido pelo helicóptero Pégasus e levado ao Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia após sofrer fraturas nas pernas, incluindo o fêmur.